O que nos move?
Tenho pensado muito sobre esse assunto e concluí que não é o amor, a culpa, o trabalho, a família e sim o medo de perder que faz a humanidade caminhar.
Caminhamos por medo de um dia perder tudo que conquistamos.
Com medo de sentir culpa, medo de não ser o bastante para as pessoas que amamos e medo da solidão.
Medo de amar e de perder o amor. Medo de conquistar uma família e depois ter que deixá-la.
Medo de conquistar e de ter sucesso e depois sentir o gostinho do fracasso e da perda.
O medo tem sido a grande razão de viver da humanidade.
E somos reféns do medo.
Muitas vezes nos apegamos a coisas e pessoas que nos deixam pra baixo, nos desmerecem, nos fazem nos viver por viver.
Fazemos muitas coisas e acreditamos em tantas outras que são complicadas, pesadas e chatas e isso por quê? Por medo.
Uma amiga certo dia me deu um sábio conselho, que nunca esqueci: Ninguém gosta de filme triste.
Mas, o medo da felicidade atrai tristeza, depressão e inveja. Quem consegue caminhar com uma bagagem tão pesada?
Quem já sentiu isso e acredito que a grande maioria alguma vez teve contato com esses sentimentos sabe do vazio que fica no peito.
Dá vontade de chorar e buscar a razão onde não existe sequer um fato. Não existe nada, só você e o seu medo.
Dá vontade de colocar a culpa nos outros. Afinal, como diz Sartre: “O culpado são os outros”. Os outros não entendem; os outros são difíceis; ingratos, injustos.
Está se sentindo gorda? A culpa é do marido e dos filhos que tomam todo o tempo e não dá para ir à academia.
Não foi à praia? A culpa é do chefe que a fez trabalhar até tarde. Não tem dinheiro? A culpa é dos pais que não a obrigaram a estudar e se esforçar em busca de metas maiores.
A culpa sempre é dos outros.
No fundo, lá no fundo, existe um medo danado de admitir que se estava errado o tempo todo e que é preciso mudar de atitude, ideia, amor...
Mas, se você não fizer isso, o medo também não vai passar.
Então, você decide: vai ficar parado com medo ou vai tentar ser feliz?
Oi Dani, mais uma crônica cheia de reflexão; essas são idéias que vem me mobilizando também há algum tempo.
ResponderExcluirObrigada por continuar escrevendo pra nós....todos nós, seus leitores.
Um abraço, Márcia.
Nossa, Daniela, é bem isso mesmo. Que consolo saber que tem gente que pensa como eu. Porque às vezes me acho meio boba alegre, meio otimista demais. Que nada!
ResponderExcluirSer e permitir que outras pessoas sejam felizes, na minha opinião, é uma ótima maneira de fazer a vida valer a pena.
ResponderExcluirEu escolhi encarar o medo como velho conhecido e olhar a vida de frente, com toda a alegria e esperança.
Nilma e Márcia, obrigada pelas mensagens. Fico muito feliz em compartilhar os meus pensamentos com vocês. beijocas!
ResponderExcluirDani, o inferno são os outros..rs
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