A minha sogra era filha de japonês, nascida no Brasil, e uma vez me contou que sempre que visitava o Japão sentia as dificuldades que passam os analfabetos.
Ela sabia falar a língua, mas não conseguia entender a escrita.
Pois é, dessa forma que eu me sentia sempre que visitava um museu. Gostava do que eu via, mas não sabia explicar o porquê.
Eu sempre adorei visitar museus! Sempre que viajo esquiso para saber qual a principal Casa de Cultura da cidade.
Gosto do clima, do silêncio, da sensação de estar vivendo diversas vidas rodeada pela beleza que é o sentimento exposto em imagens.
Mas, no final das contas, quase sempre saía do museu me sentindo uma completa analfabeta.
Por isso, há um tempo atrás eu comprei um mega livro chamado “Tudo sobre a Arte”, de autoria de Stephen Farthing, historiador da arte, crítico e outras coisitas mais.
Farthing narra sobre as principais obras de arte, desde a pré- história até os dias atuais.
O livro começa explicando que ao longo da história nenhuma sociedade, por mais baixo que tenha sido seu nível de existência material, deixou de produzir arte.
Vamos começar do começo, pela arte rupestre, prática que os antigos tinham de pintar e entalhar sobre as pedras. Você sabia que a Austrália é rica em arte rupestre?
O livro mostra também as pinturas da caverna de Altamira, na Espanha, onde estão um dos melhores desenhos rupestres multicoloridos do mundo, produzidos entre 16 mil a 8 mil anos antes de Cristo.
As imagens retratam animais e foram cuidadosamente produzidas para tirarem proveito dos contornos da caverna, o que lhes dá uma aparência tridimencional.
Também achei interessante aprender sobre a civilização nazca, que existiu entre 200 ac - 500 dc. Esse povo produziu as famosas linhas de nazca, que ficam no deserto e aos pés dos Andes.
Os contornos no solo criam imagens, a mais famosa é de um beija- flor, mas tem aranha, lagarto e até um pelicano.
Para desenhar as imensas imagens, os estudiosos acreditam que a civilização nazca construiu torres de observação.
Sempre achei que essas imagens estivessem relacionadas com algo sobrenatural ou de outro planeta.
Afinal, para que tanto trabalho só para desenhar imagens no deserto? Bem , acredita-se que os geoglifos eram usados como marcadores de um calendário astrológico relacionado às atividades agrícolas.
A ponta do bico desse pássaro termina num grupo de linhas paralelas, e a última delas aponta para o nascente no dia 21 de dezembro, data do solstício de inverno.
Uau, como eu nunca pensei nisso!
O livro é grande, por isso aos poucos vou escrever sobre o que estou aprendendo e achando mais interessante.
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