O ano está se aproximando do fim e, se posso dizer que aprendi alguma coisa em 2011, é que devo ouvir mais e falar menos. Devo principalmente desconfiar das minhas convicções ou, ao menos, desconfiar sempre que estiver absolutamente certa sobre tudo.
Certa sobre tudo... Como posso pensar assim, se o que tenho feito é colecionar surpresas pelo caminho?
Quem já passou por um processo de separação, seja de marido, filhos ou amigos talvez já tenha se perguntado por que ninguém nos ensina a hora de dizer adeus.
Eu levei quatro meses remoendo uma situação por não ter coragem de dizer adeus. Estou falando da partida de uma amiga muito querida.
Ela trabalhou na minha casa durante 10 anos. Nesse tempo, ocupou um enorme lugar no coração da minha família, ainda ocupa.
Até que chegou a hora dela ter a sua própria família, engravidou e teve uma linda menina.
Depois de um tempo afastada, voltou ao trabalho. Adorei recebe-la de volta.
Na minha cabeça, tudo estava organizado. Típico de virginiana, querer arrumar a vida dos outros, simplificar para organizar.
Mas, as pessoas não são coisas ou projetos. Da mesma forma que não devem ser descartadas, não podem ser ignoradas.
Eu estava tão convicta do que era melhor para ela que me esqueci de perguntar: É isso que você quer?
Com a minha praticidade de elefanta, eu pensava saber o que ela precisava para ser feliz.
Somente agora posso entender que enquanto eu seguia na apoteótica missão de preservar o passado, ela só queria ser dona do seu destino.
Mas, ela não queria ir embora e me deixar contrariada.
Aí começou o grande dilema porque não conseguia dizer o que ela queria ouvir.
Você diria para uma mãe solteira, que está pedindo demissão de um emprego de 10 anos, que tudo ficará bem? Que está tomando a decisão certa?
Eu não conseguia fazer isso, até perceber o quanto a minha opinião estava tornando-a infeliz.
Uma noite em tive um sonho.
Eu sonhei que era a passageira de um carro que estava sendo arrastado por um furacão. Duas crianças que estavam comigo saíram voando. Eu segurei firme o volante, controlei o veículo e depois saí em busca delas.
Encontrei-as passeando felizes e de mãos dadas. Não me viram, sequer pareciam conscientes do caos que acabávamos de passar.
Não sei por que, mas acordei com a sensação de que tudo daria certo no final das contas.
Em 1967, o cientista Stanley Milgram criou uma teoria que confirma que estamos apenas a seis graus de separação de qualquer pessoa desconhecida.
Uma prova de que vivemos num mundo realmente pequeno, pode ser comprovado hoje nas redes sociais.
Se eu estou apenas a seis graus de uma pessoa que mal conheço, o que dirá de uma amiga? A distância será apenas um detalhe. Portanto, a vida segue...
Estou realmente ansiosa para a chegada de 2012. Prometi que até lá vou dar um tempo nas vírgulas e colocar mais pontos finais nos assuntos mal resolvidos.
Quero chegar leve, com os braços erguidos em agradecimento a Deus por estar viva e assim começar a escrever uma nova história.
Certa sobre tudo... Como posso pensar assim, se o que tenho feito é colecionar surpresas pelo caminho?
Quem já passou por um processo de separação, seja de marido, filhos ou amigos talvez já tenha se perguntado por que ninguém nos ensina a hora de dizer adeus.
Eu levei quatro meses remoendo uma situação por não ter coragem de dizer adeus. Estou falando da partida de uma amiga muito querida.
Ela trabalhou na minha casa durante 10 anos. Nesse tempo, ocupou um enorme lugar no coração da minha família, ainda ocupa.
Até que chegou a hora dela ter a sua própria família, engravidou e teve uma linda menina.
Depois de um tempo afastada, voltou ao trabalho. Adorei recebe-la de volta.
Na minha cabeça, tudo estava organizado. Típico de virginiana, querer arrumar a vida dos outros, simplificar para organizar.
Mas, as pessoas não são coisas ou projetos. Da mesma forma que não devem ser descartadas, não podem ser ignoradas.
Eu estava tão convicta do que era melhor para ela que me esqueci de perguntar: É isso que você quer?
Com a minha praticidade de elefanta, eu pensava saber o que ela precisava para ser feliz.
Somente agora posso entender que enquanto eu seguia na apoteótica missão de preservar o passado, ela só queria ser dona do seu destino.
Mas, ela não queria ir embora e me deixar contrariada.
Aí começou o grande dilema porque não conseguia dizer o que ela queria ouvir.
Você diria para uma mãe solteira, que está pedindo demissão de um emprego de 10 anos, que tudo ficará bem? Que está tomando a decisão certa?
Eu não conseguia fazer isso, até perceber o quanto a minha opinião estava tornando-a infeliz.
Uma noite em tive um sonho.
Eu sonhei que era a passageira de um carro que estava sendo arrastado por um furacão. Duas crianças que estavam comigo saíram voando. Eu segurei firme o volante, controlei o veículo e depois saí em busca delas.
Encontrei-as passeando felizes e de mãos dadas. Não me viram, sequer pareciam conscientes do caos que acabávamos de passar.
Não sei por que, mas acordei com a sensação de que tudo daria certo no final das contas.
Em 1967, o cientista Stanley Milgram criou uma teoria que confirma que estamos apenas a seis graus de separação de qualquer pessoa desconhecida.
Uma prova de que vivemos num mundo realmente pequeno, pode ser comprovado hoje nas redes sociais.
Se eu estou apenas a seis graus de uma pessoa que mal conheço, o que dirá de uma amiga? A distância será apenas um detalhe. Portanto, a vida segue...
Estou realmente ansiosa para a chegada de 2012. Prometi que até lá vou dar um tempo nas vírgulas e colocar mais pontos finais nos assuntos mal resolvidos.
Quero chegar leve, com os braços erguidos em agradecimento a Deus por estar viva e assim começar a escrever uma nova história.
Que texto lindo! Vou compartilhá-lo. BJs
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