“São como conchas translúcidas!”, disse admirado o explorador veneziano, Marco Polo, ao ver a porcelana chinesa.
E foi dele a idéia de chamar a peça de porcelino.
As primeiras porcelanas chinesas foram fabricadas por volta de 600dc, embora a técnica já fosse conhecida há mais de 2 mil anos.
A partir do século VIII, oficiais da corte requisitaram as mais belas cerâmicas de olarias ao redor da China para uso do imperial.
A maior parte delas era branca decorada com pigmentos azul cobalto e continham símbolos proibidos, o dragão do imperador e a fênix da imperatriz.
Mas, desde aquela época os chineses eram espertos na arte de ganhar dinheiro e, mesmo correndo risco de serem descobertos, alguns desobedeciam às regras.
Será que começou aí o comércio pirata? Sei lá. Mas, com isso, os símbolos proibidos acabaram em jarros e utensílios dos pobres comuns.
Até o início do século XVIII, a China detinha o monopólio da produção de cerâmica, o que se refletiu no seu grande valor como mercadoria de exportação.
Ao contrário do que ocorre hoje, com os demais produtos chineses ganhando as prateleiras do mundo com grande velocidade, além de preço e qualidade muitas vezes inferiores, as porcelanas do período imperial continuam super valorizadas.
Em junho do ano passado, num leilão realizado, em Hong Kong, um vaso imperial foi vendido por mais de 16 milhões de euros.
O vaso azul e branco do século XV, com motivos de frutas, estabeleceu o novo recorde das porcelanas da família Ming.
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