Esses artistas às vezes são bem esquisitos.
Eu cheguei a essa conclusão ao me deparar com o estilo de arte que ficou conhecido como Maneirismo, que é marcado por imagens pintadas com cores ácidas, que dão a impressão desenhos artificiais, e os corpos alongados dos personagens.
Eles me recordam do personagem de desenho animado, o homem borracha.
Os corpos são desproporcionais, um exagero. Eu fiquei sabendo que esse estilo surgiu para bater de frente com os valores renascentistas.
A Virgem de pescoço longo (Parmigianino) – Além do pescoço longo da Virgem, essa característica é evidente nos dedos compridos, bem como em toda a extensão do corpo. Esse tratamento também é evidente no tamanho da perna a esquerda e nos membros do Menino Jesus.
Um dos artistas que se destacaram nesse estilo foi El Greco, que chegou a ser acusado de louco, por causa das distorções e o ritmo fluido que usava nas suas pinturas.
Laocoonte (El Greco) – Essa obra mostra o sacerdote Laocoonte sendo punido pelos deuses, por tentar avisar os troianos da ameaça do cavalo de Tróia. As serpentes marinhas matam o sacerdote e os seus filhos. A cena parece iluminada por um raio, um efeito dramático e fantasmagórico.
O Maneirismo não surgiu para ser um estilo coerente e único e sim uma nova forma de compreender o próprio estilo como uma entidade distinta e pessoal.
Os artistas queriam apenas expressar o que guardavam em seu íntimo, e como cada um variava no grau de loucura, o resultado foi surpreendente e até safadinho.
Veja o quadro “Alegoria do triunfo de Vênus”, de Agnolo Bronzino, que mostra a intimidade de Vênus e Cupido, com um quê de obscenidade. Na tela cada personagem representa uma situação: o tempo, o esquecimento, o ciúme e o desespero. As mãos e os pés alongados são típicos das obras maneiristas.
E aí, você também é maneiro?
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