Outro quadro que gosto bastante, em estilo barroco, é “A conversão de São Paulo”, de Caravaggio.
Para quem falou as aulas de catecismo, Saulo era um cidadão romano, totalmente contrário ao cristianismo, até que certo dia, às portas da cidade de Damasco, leva um tombo do seu cavalo, que se assustou com uma forte luz que desceu dos céus. No mesmo instante, Saulo escuta a voz de Jesus, decide virar cristão e muda o nome para Paulo.
Esse quadro gerou polêmica, pois a representação realista do tema foi vista como grosseira e inadequada. Caravaggio era um mestre do uso dramático da iluminação e era conhecido por sua ousadia e atração pelo suspense.
Ele mesmo foi o ator de uma história de suspense, violência e morte. Ele assassinou um homem e passou os últimos anos de sua vida como um foragido.
Nesse período, continuou a receber importantes encomendas, e a sua obra se tornou cada vez mais cruel e enfática, como pode ser visto em “A decapitação de São João Batista”.
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