Eu confesso que estou de ressaca da última semana, as matérias publicadas na mídia estavam um porre. Nem mesmo a Rio + 20 conseguiu empolgar e olha que eu estava cheia de expectativa.
Logo no início do evento, a discussão maior se voltou para a criação de um fundo. Mas, quem depositaria dinheiro nesse fundo? Quem vai pagar para salvar o mundo?
Para o Brasil, quem deve pagar a conta são os países ricos. Mas, e a China? É rica ou é pobre? Conclusão, mais um assunto polêmico empurrado para debaixo do tapete.
Fazer discurso é fácil, pagar a conta é que não é. Não seria mais justo que todos pagassem uma quantia proporcional a seu orçamento? Afinal, pouco ou muito, todos contribuímos para o aquecimento global, poluição das águas, etc e tal.
Sem esquecer que quem paga quer resultados e isso seria uma forma de não deixar que os compromissos firmados na Rio + 20 caiam no esquecimento ou sejam engavetados na mesa de algum burocrata.
O documento que deve ser apresentado para os chefes de Estado está pronto, mas o representante da União Européia disse que está fraquinho, podia ser mais ambicioso.
Por outro lado, a ausência dos presidentes dos EUA (em plena campanha eleitoral), da Alemanha e do Reino Unido não apenas tirou o brilho da conferência, mas pode ser um aviso de que não é o momento para pressionar esses países a investirem quando estão vivendo uma das piores crises econômicas da história.
Além das discussões ambientais, as notícias da semana giraram em torno do caso Cachoeira, o bicheiro-não-abro-o-bico-de-jeito-nenhum, a morte do empresário da Yoki (que ganhou novos contornos ainda mais macabros) e a prisão dos estudantes da Unifesp do campos Guarulhos, que estão em greve por melhores condições na infraestrutura da unidade.
Só isso já seria o suficiente para terminar a semana cabisbaixa, mas ainda teve muito mais.
Mas, ainda têm as notícias das convenções partidárias, com os políticos e suas estratégias para continuarem no poder ou para chegarem lá a qualquer custo. O resultado disso nem sempre é compreensível para os simples mortais. Talvez porque não haja mesmo um fato a ser compreendido.
O pior é saber que essas notícias sobre poluição, aquecimento global, corrupção, morte, ganância e falta de investimento nas universidades apesar de serem lamentáveis vão se repetir ainda muitas vezes.
Já não ficamos mais escandalizados, ao contrário, elas se tornaram tão previsíveis que já esperamos por elas ao abrir o jornal pela manhã.
Quando já estava desanimada, pois nada do que aconteceu de fato merece qualquer comentário, eu li o artigo do colunista do jornal Folha de São Paulo, publicado no domingo, Hélio Schwartsman.
No artigo, ele fala sobre um livro que acabou ser lançado nos EUA, com o título: “A Honesta Verdade sobre a Desonestidade”, em que o autor, o economista Dan Ariely, aborda sobre as nossas pequenas trapaças do dia a dia, que apelidamos carinhosamente de mentirinha branca.
O autor do livro desenvolveu uma pesquisa e descobriu ainda que, na média, as pessoas se sentem confortáveis trapaceando em algo entre 10% a 15% se isso significar obter vantagens para nós, familiares e também para desconhecidos, o que foi surpreendente.
Desde que esses limites não sejam extrapolados, as pessoas conseguem olhar no espelho e ainda se considerarem honestas. O autor afirma que o cérebro resolve essa contradição de uma maneira quase infantil: roubamos só um pouquinho.
Mas, um pouquinho do total de quanto? De quem? Do que?
Talvez isso explique porque a gente não se escandaliza mais com algumas notícias, afinal sempre pode piorar e em alguns casos piora mesmo.
Mas, vamos cuidar da próxima semana que ela pode ser boa.
Logo no início do evento, a discussão maior se voltou para a criação de um fundo. Mas, quem depositaria dinheiro nesse fundo? Quem vai pagar para salvar o mundo?
Para o Brasil, quem deve pagar a conta são os países ricos. Mas, e a China? É rica ou é pobre? Conclusão, mais um assunto polêmico empurrado para debaixo do tapete.
Fazer discurso é fácil, pagar a conta é que não é. Não seria mais justo que todos pagassem uma quantia proporcional a seu orçamento? Afinal, pouco ou muito, todos contribuímos para o aquecimento global, poluição das águas, etc e tal.
Sem esquecer que quem paga quer resultados e isso seria uma forma de não deixar que os compromissos firmados na Rio + 20 caiam no esquecimento ou sejam engavetados na mesa de algum burocrata.
O documento que deve ser apresentado para os chefes de Estado está pronto, mas o representante da União Européia disse que está fraquinho, podia ser mais ambicioso.
Por outro lado, a ausência dos presidentes dos EUA (em plena campanha eleitoral), da Alemanha e do Reino Unido não apenas tirou o brilho da conferência, mas pode ser um aviso de que não é o momento para pressionar esses países a investirem quando estão vivendo uma das piores crises econômicas da história.
Além das discussões ambientais, as notícias da semana giraram em torno do caso Cachoeira, o bicheiro-não-abro-o-bico-de-jeito-nenhum, a morte do empresário da Yoki (que ganhou novos contornos ainda mais macabros) e a prisão dos estudantes da Unifesp do campos Guarulhos, que estão em greve por melhores condições na infraestrutura da unidade.
Só isso já seria o suficiente para terminar a semana cabisbaixa, mas ainda teve muito mais.
Mas, ainda têm as notícias das convenções partidárias, com os políticos e suas estratégias para continuarem no poder ou para chegarem lá a qualquer custo. O resultado disso nem sempre é compreensível para os simples mortais. Talvez porque não haja mesmo um fato a ser compreendido.
O pior é saber que essas notícias sobre poluição, aquecimento global, corrupção, morte, ganância e falta de investimento nas universidades apesar de serem lamentáveis vão se repetir ainda muitas vezes.
Já não ficamos mais escandalizados, ao contrário, elas se tornaram tão previsíveis que já esperamos por elas ao abrir o jornal pela manhã.
Quando já estava desanimada, pois nada do que aconteceu de fato merece qualquer comentário, eu li o artigo do colunista do jornal Folha de São Paulo, publicado no domingo, Hélio Schwartsman.
No artigo, ele fala sobre um livro que acabou ser lançado nos EUA, com o título: “A Honesta Verdade sobre a Desonestidade”, em que o autor, o economista Dan Ariely, aborda sobre as nossas pequenas trapaças do dia a dia, que apelidamos carinhosamente de mentirinha branca.
O autor do livro desenvolveu uma pesquisa e descobriu ainda que, na média, as pessoas se sentem confortáveis trapaceando em algo entre 10% a 15% se isso significar obter vantagens para nós, familiares e também para desconhecidos, o que foi surpreendente.
Desde que esses limites não sejam extrapolados, as pessoas conseguem olhar no espelho e ainda se considerarem honestas. O autor afirma que o cérebro resolve essa contradição de uma maneira quase infantil: roubamos só um pouquinho.
Mas, um pouquinho do total de quanto? De quem? Do que?
Talvez isso explique porque a gente não se escandaliza mais com algumas notícias, afinal sempre pode piorar e em alguns casos piora mesmo.
Mas, vamos cuidar da próxima semana que ela pode ser boa.
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