Eu e a minha amiga nos preparamos durante todo o dia para levar o filho dela, de 3 anos, até a Pet Shop para comprar um peixe.
A nossa expectativa ao entrar na loja, tão grande quanto um magazine, era encontrar uma variedade de bichos.
Além de comprar o peixe, nos divertíamos pensando na reação da criança ao ver os animais tão de perto.
Nós três chegamos ao local e fomos direto para a seção dos peixes.
Nesse momento, começou o drama. Não o drama da criança, mas o drama da mãe.
Minha amiga ficou inconformada com a situação dos peixes aprisionados em pequenos potes de plástico, com água suja.
Está certo que já passava das 20h, mas realmente a nossa ideia de criar uma experiência feliz para o menino ficou abalada ao ver a situação dos peixes.
Eu fingi que não vi. Só queria escolher o peixe e sair logo dali. Mas, minha amiga tem o gênio forte e, veja só, quem diria, é uma protetora dos animais. Isso foi uma tremenda novidade para mim. Mas, gostei.
- Moço, disse ela, tem um peixe morto ali. (E tinha mesmo, que azar do vendedor!)
- Isso acontece, respondeu o vendedor ao tentar ignorar.
- Ô moço, tem outro peixe morto que estou vendo agora.
- Esse deve ser um peixe novo e pulou porque ficou estressado.
- Pois eu acho que ele que pulou do pote, melhor se suicidar do que viver nessa água suja.
A situação só parecia piorar. Eu a apressei para escolher logo o peixe e irmos embora dali. Após decidir por um peixinho azul e comprar um aquário alegre, seguimos para a saída da loja.
Não sem antes, passar pela gaiola com os pássaros.
- Você acha que eles são felizes? Eles nasceram para voar, serem livres, parece um destino cruel, não acha?
Eu tive vontade de dizer que sim, mas pensei que seria contradição. Afinal, se não concordamos com animais presos, por que estávamos ali?
- Cada um tem o seu destino, respondi, por falta de um argumento melhor. No carro, o menino batizou o peixe azul, que passou a ser chamado de João.
- O João vai ter água limpa, comida e muito amor. Ele foi salvo de um destino cruel, disse minha amiga.
Concordo com ela, mas um pensamento não me deixa: “Nada é melhor do que a liberdade”.
- Mas, existe alguém realmente livre? Cada um com o seu destino...
Além de comprar o peixe, nos divertíamos pensando na reação da criança ao ver os animais tão de perto.
Nós três chegamos ao local e fomos direto para a seção dos peixes.
Nesse momento, começou o drama. Não o drama da criança, mas o drama da mãe.
Minha amiga ficou inconformada com a situação dos peixes aprisionados em pequenos potes de plástico, com água suja.
Está certo que já passava das 20h, mas realmente a nossa ideia de criar uma experiência feliz para o menino ficou abalada ao ver a situação dos peixes.
Eu fingi que não vi. Só queria escolher o peixe e sair logo dali. Mas, minha amiga tem o gênio forte e, veja só, quem diria, é uma protetora dos animais. Isso foi uma tremenda novidade para mim. Mas, gostei.
- Moço, disse ela, tem um peixe morto ali. (E tinha mesmo, que azar do vendedor!)
- Isso acontece, respondeu o vendedor ao tentar ignorar.
- Ô moço, tem outro peixe morto que estou vendo agora.
- Esse deve ser um peixe novo e pulou porque ficou estressado.
- Pois eu acho que ele que pulou do pote, melhor se suicidar do que viver nessa água suja.
A situação só parecia piorar. Eu a apressei para escolher logo o peixe e irmos embora dali. Após decidir por um peixinho azul e comprar um aquário alegre, seguimos para a saída da loja.
Não sem antes, passar pela gaiola com os pássaros.
- Você acha que eles são felizes? Eles nasceram para voar, serem livres, parece um destino cruel, não acha?
Eu tive vontade de dizer que sim, mas pensei que seria contradição. Afinal, se não concordamos com animais presos, por que estávamos ali?
- Cada um tem o seu destino, respondi, por falta de um argumento melhor. No carro, o menino batizou o peixe azul, que passou a ser chamado de João.
- O João vai ter água limpa, comida e muito amor. Ele foi salvo de um destino cruel, disse minha amiga.
Concordo com ela, mas um pensamento não me deixa: “Nada é melhor do que a liberdade”.
- Mas, existe alguém realmente livre? Cada um com o seu destino...
É uma visão bem bonita pensar na liberdade, mas á de se considerar certos fatos. Alguns animais criados a tantas gerações pelos homens, já não sabem mais viver por conta própria. E mesmo que soubessem é muito provável que viveriam em piores condições e por muito menos tempo na natureza do que em lares adotivos onde muitas pessoas se esforçam para dar um eco-sistema adequado aos seus filhos adotivos. Então fico tranquilo por saber que o tempo que passam na loja é pequeno, e que logo serão adotados e bem tratados pelas suas novas famílias, como o peixe que vcs levaram para casa.
ResponderExcluirVocê tem razão, penso que deveria haver mais fiscalização nessas lojas, pois muitos animais não tem a mesma sorte que o peixinho João. Obrigada pelo seu comentário.
Excluiracho que conheço essa amiga sua...gente boa...que nem vc, adorei a crônica, como sempre perfeita.bjs
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