segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PRB: Uma sociedade secreta


Ofélia, John Everett Millais
Um grupo de sete estudantes londrinos fundou, em 1848, uma sociedade secreta chamada Irmandade Pré- Rafaelita.
O que eles tinham em comum era a vontade de quebrar as regras rígidas impostas pela Academia Britânica, que abusava das paletas de cores escuras.
Juntos buscavam ser fiéis à natureza e adotavam como tema os romances medievais. Os membros da Irmandade eram: John Everett Millais, Dante Gabriel Rossetti e William Holman Hunt, Thomas Woolner, Frederic  George Stephens, James Collinson e William Michael Rossetti.
Eles assinavam os trabalhos com as iniciais PRB, o equivalente em inglês a Irmandade Pré- Rafaelita.
Desses apenas um não era pintor, William Rossetti era aspirante a escritor. Um dos objetivos da Irmandade era combinar arte e literatura e, por isso, eles fundaram uma revista “The Germ”, foi um fracasso, com apenas quatro edições publicadas.
Mais tarde, o periódico se tornou bastante influente.
Exemplos da união de arte e literatura são os quadros Ofélia, John Everett Millais, e A dama de Shallot, de John William Waterhouse.
Eu estava ansiosa para mostra-los a vocês porque simplesmente adoro essas pinturas
Para concluir o quadro “Ofélia,, Millais passou quatro meses num mesmo local do condado de Surrey, a sudoeste de Londres, pintando a vegetação de fundo.
Em seguida, voltou a Londres para pintar a modelo, Elizabeth Siddal, que posou numa banheira cheia. Isso demonstra a determinação do artista em captar a imagem de modo autêntico.
 A obra é inspirada na trágica história de Ofélia (Hamlet - Shakespeare), levada à loucura e suicídio depois que Hamlet matou o seu pai.
A Obra “A dama de Shallot” foi inspirada no poema que Lord Tennyson escreveu, aos 24 anos, encantado pelas lendas do Rei Arthur e a Távola Redonda.
A dama de Shallot, de John William Waterhouse.
O poema conta que a dama aprisionada em um castelo às margens do rio que leva à Camelot não podia sequer olhar diretamente para fora, pela janela, precisava usar um espelho para ver o reflexo do mundo, enquanto tecia uma tapeçaria mágica a fim de cumprir sua sina.
Até que viu o reflexo de Sir Lancelot, grandioso cavaleiro, cruzando a ponte sobre o rio. Ela ouvira muitas vezes as histórias sobre ele, já o admirava sem nunca tê-lo visto, mas quando o reconheceu, foi amor à primeira vista.
Apaixonada, ela foi até a janela e olhou para fora, de súbito o espelho se quebrou. A maldição se cumprira.
Diz ainda que ela correu escadaria abaixo e saiu pátio afora procurando ao longe o seu amor. Só podia ter tomado o caminho de Camelot. Ela Subiu à bordo de um barco, soltou as amarras e contemplou a liberdade, mas nunca encontrou o seu amor. Quando o barco chegou à Camelot, dentre nobres e cavaleiros, quem a percebeu, morta, foi Lancelot.
Histórias de moças românticas que selam os seus destinos ao se apaixonarem pelo homem errado e na hora errada.
Mas, quem pode condená-las por amarem demais?


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