Ofélia, John Everett Millais |
O que eles tinham em comum era a vontade de quebrar as
regras rígidas impostas pela Academia Britânica, que abusava das paletas de
cores escuras.
Juntos buscavam ser fiéis à natureza e adotavam como tema os
romances medievais. Os membros
da Irmandade eram: John Everett Millais, Dante Gabriel Rossetti e William
Holman Hunt, Thomas Woolner, Frederic
George Stephens, James Collinson e William Michael Rossetti.
Eles assinavam os trabalhos com as iniciais PRB, o
equivalente em inglês a Irmandade Pré- Rafaelita.
Desses apenas um não era pintor, William Rossetti era aspirante
a escritor. Um dos objetivos da Irmandade era combinar arte e literatura e, por
isso, eles fundaram uma revista “The Germ”, foi um fracasso, com apenas quatro edições
publicadas.
Mais tarde, o periódico se tornou bastante influente.
Exemplos da união de arte e literatura são os quadros Ofélia,
John Everett Millais, e A dama de Shallot, de John William Waterhouse.
Eu estava ansiosa para mostra-los a vocês porque simplesmente
adoro essas pinturas
Para concluir o quadro “Ofélia,, Millais passou quatro meses
num mesmo local do condado de Surrey, a sudoeste de Londres, pintando a
vegetação de fundo.
Em seguida, voltou a Londres para pintar a modelo, Elizabeth
Siddal, que posou numa banheira cheia. Isso demonstra a determinação do artista
em captar a imagem de modo autêntico.
A obra é inspirada na
trágica história de Ofélia (Hamlet - Shakespeare), levada à loucura e suicídio
depois que Hamlet matou o seu pai.
A Obra “A dama de Shallot” foi inspirada no poema que Lord
Tennyson escreveu, aos 24 anos, encantado pelas lendas do Rei Arthur e a Távola
Redonda.
A dama de Shallot, de John William Waterhouse. |
Até que viu o reflexo de Sir Lancelot, grandioso cavaleiro, cruzando a ponte sobre o rio. Ela ouvira muitas vezes as histórias sobre ele, já o admirava sem nunca tê-lo visto, mas quando o reconheceu, foi amor à primeira vista.
Apaixonada, ela foi até a janela e olhou para fora, de súbito
o espelho se quebrou. A maldição se cumprira.
Diz ainda que ela correu escadaria abaixo e saiu pátio afora
procurando ao longe o seu amor. Só podia ter tomado o caminho de Camelot. Ela Subiu
à bordo de um barco, soltou as amarras e contemplou a liberdade, mas nunca
encontrou o seu amor. Quando o barco chegou à Camelot, dentre nobres e
cavaleiros, quem a percebeu, morta, foi Lancelot.
Histórias de moças românticas que selam os seus destinos ao se
apaixonarem pelo homem errado e na hora errada.
Mas, quem pode condená-las por amarem demais?
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