EUROPA
França - Paris
Domingão o melhor lugar para quando estiver em Paris é o bairro do Marais, se estiver hospedado em Montparnasse aproveite para visitar o cemitério onde está o dos filósofos e escritores Jean Paul Satre e Simone de Beauvoir.
Em Paris, visitar cemitério não é tão estranho assim.
O comércio fecha em Paris no domingo, mas um bairro é certeza de diversão, o Marais, reduto da comunidade judaica.
Eu já tinha ouvido sobre isso, mas não levei muito a sério. Somente quando chegamos ao nosso lugar predileto para tomar o café da manhã e dei com a porta na cara é que me dei conta de que era real.
O que fazer? Nos arredores no hotel encontramos uma Boulangerie, uma padaria bem estilosa. Mas, em Paris, ao contrário do costume no Brasil, padaria não fornece café ou lugar para sentar. Padaria é somente pão.
Compramos a baguete (deliciosa), mais a nossa frente conseguimos resolver o problema da falta de café, mas aonde sentar para fazer o piquenique? Não somos acostumados a comer andando pelas ruas, por isso custamos a encontrar um lugar.
Até que nesta caminhada, desinteressada, paramos em frente ao cemitério de Montparnasse. Era um lugar tranquilo e ficamos por ali. Após o lanche, décimos entrar somente para dar uma olhada e para o meu espanto não é que eu encontrei o túmulo dos filósofos e escritores Jean Paul Satre e Simone de Beauvoir.
Isso que é começar bem uma manhã de domingo, não é?
Sem questionar nós seguimos para o Marais, pelo metrô Saint Paul. Ao sair do metrô encontramos uma rua cheia de antiguidades, lojas de design e galerias de arte.
Caminhamos até a Rua Saint Antoine e visitamos o Hotel de Sully, um pouquinho mais e estávamos na Place de Voges, a mais antiga de Paris, onde um dia morou Victor Hugo.
O Marais no domingo é uma alegria, com música e uma mistura incrível de pessoas e sons. Ali provamos o famoso falafel, no L´As du Fallafel, na Rue des Rosiers.
É muito fácil caminhar por Paris. Após o almoço, decidimos caminhar até a Ile de Saint Louis para experimentar o famoso sorvete da Berthillon.
Antes disso, passamos em frente ao Hotel de Ville (Prefeitura de Paris), onde algumas pessoas aproveitavam o dia de sol para jogar vôlei e se refrescar nas várias duchas que tinham no lugar.
Nós atravessamos a Pont Louis Phillippe e adivinhe? Estávamos na Ilê. Ao lado a igreja de Notre Dame, mas como já conhecia a igreja me concentrei o sorvete.
A fila para tomar sorvete na Berthillon estava grande, mas e daí? Não podia vir embora sem antes experimentar a tal iguaria. Ficaria lá o tempo que fosse necessário e vou contar que valeu a pena, é muito bom mesmo.
Andamos sem pressa até chegar ao bairro Saint German Des Pres, onde estão dois cafés muito conhecidos e que disputam no quesito charme: Le Deux Magots e o De Flore.
No passado, eles eram pontos de encontro de poetas, pintores e filósofos. São apertadinhos, agitados demais para o meu gosto e o preço, ulalá... Como da primeira vez, eu tinha ido ao Le Deux Magots, dessa vez arrisquei o De Flore. Fico com o primeiro.
De onde estava só conseguia pensar o quanto era sortuda por estar em Paris.
De repente eu me dei conta de que tinha começado o dia visitando Jean Paul Satre e Simone de Beauvoir em seu túmulo e agora terminando em um de seus cafés prediletos.
Assim é Paris, a minha amada Paris.
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