EUROPA
França - Marselha/ Calanques de Cassis
Eu não estava muito entusiasmada com o fato de conhecer Marselha, depois de dias passeando por vilas e campos de lavanda não me impressionava nem um pouco voltar a uma cidade grande.
No entanto, após conhecer a cidade decidi estender a minha visita e fiquei dois dias.
Nós chegamos à noite e o nosso hotel era muito próximo à estação de Metrô. Na manhã seguinte, usamos esse meio de transporte para ir até a área portuária e esbarramos com pessoas vestidas em trajes de praia.
Isso não era o que eu esperava encontrar em um metrô na França, mas gostei, eu me senti um pouco no Brasil. Essa foi primeira surpresa do passeio.
Marselha é a segunda mais populosa cidade de França e a mais antiga cidade francesa.
Em 1720, a grande peste de Marselha, uma variante da Peste Negra, provocou 100 000 mortes na cidade e nas províncias limítrofes.
A população local abraçou com entusiasmo a Revolução Francesa e 500 voluntários marcharam para Paris em 1792 para defender o governo revolucionário. Em sua marcha de Marselha a Paris cantavam uma canção, que passou a ser conhecida como La Marseillaise, hoje em dia convertida no hino nacional da França.
Durante a Segunda Guerra Mundial, uma grande parte do centro antigo da cidade foi dinamitado, no lugar hoje existem avenidas largas e calçadão com lojas de grifes.
A partir da década de 1950, a cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um milhão de imigrantes, principalmente argelinos. Essa mistura é fácil perceber, desde o colorido das roupas, sotaque e o cheiro das comidas que são vendidas nas barraquinhas que ficam nas calçadas de Marselha.
Em 2013, Marselha foi considerada a capital europeia da cultura, existem muitos museus e monumentos, inclusive o Arco do Triunfo, construído na Praça Jules Guesde como símbolo da prosperidade da cidade.
Mesmo eu que estou acostumada com o mar, fiquei deslumbrada com o visual.
Por causa do vento forte e maré agitada, nós não pudemos ir até a Ilha de If, onde está o famoso Chateau d´If que ficou famoso com o livro de Alexandre Dumas, O Conde de Monte-Cristo. Fiquei um pouco triste.
Na II Guerra Mundial, a ilha foi praticamente destruída, mas ainda restam algumas ruínas.
Nesta ilha também tem um pequeno centro, com hotéis e restaurantes, aproveite para provar os mariscos. Uma delícia!
No dia seguinte, seguimos para porto de Cassis, que naquele dia estava lotado de turistas, super difícil estacionar o carro.
O passeio até as Calaques pode ser feito de barco ou caiaque. O que você acha que eu escolhi? Barco, ora essa. E o medo da água gelada?
Uma dica legal para quem visita as praias da Europa é comprar aquela sapatilha de borracha para evitar machucar os pés nas pedras, o que pode ser meio desagradável.
Na volta, compramos frutas, pão, queijo e garrafa de água. Próxima parada: St. Tropez.
Brigitte Bardot aí vamos nós!
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