Se tem uma coisa
que me deixa bastante descontente (e até chateada) é jogar comida no lixo.
Em
casa, procuro sempre preparar os alimentos numa quantidade que eu sei que não
será desperdiçada. E quando faço alguma refeição na rua, não costumo comer com os olhos, evitando, assim, a
gula e as sobras no prato.
Nesta semana, eu e a colaboradora daqui de casa
dividimos o almoço de um dia anterior justamente para não ter que jogar a
comida fora... E olha que eu nem sabia, ainda, do relatório da ONU!
A Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgou, na última
quarta-feira, um estudo que aponta os prejuízos com o desperdício de alimento
no mundo.
Na questão financeira, são cerca de US$ 750 bilhões anuais. Já com
relação à comida em si (e isso, pra mim, é o que dói mais), são 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas
por ano!
E engana-se quem acha que o estrago é só no bolso - sem contar, claro,
da indignação em saber que muita gente morre de fome enquanto tem comida
sobrando. O estudo da FAO alerta que a emissão de carbono dos alimentos
desperdiçados equivale a 3,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por
ano.
Ou seja: prejuízos sociais, econômicos e ambientais (que refletem na nossa
qualidade de vida).
Esse desperdício mundial responde por mais emissões de
gases causadores de efeito estufa do que qualquer país, exceto China e Estados
Unidos. E são consumidos cerca de 250 quilômetros cúbicos de água e ocupados
cerca de 1,4 bilhão de hectares - grande parte de habitat natural transformado
para tornar-se arável.
Segundo a ONU, a redução de desperdício de alimentos não
só evitaria a pressão sobre recursos naturais escassos, mas também diminuiria a
necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60%, a fim de atender a
demanda da população no ano de 2050.
Para o diretor-geral da FAO, José Graziano
da Silva, medidas preventivas devem ser adotadas por todos - agricultores,
pescadores, processadores de alimentos, supermercados, governo e consumidores. Em
países como o Brasil, de acordo com o estudo, o ideal seria incentivar os
consumidores a comerem pequenas porções e fazerem mais uso das sobras. Já as
empresas deveriam dar a comida excedente para instituições de caridade, além de
desenvolver alternativas para o despejo de resíduos orgânicos em aterros
sanitários.
É aquela velha máxima: “Se cada um fizer a sua parte...”.
Beijos encantados!
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