Eu e o meu menino |
Eu e a minha menina |
- Ô mãe, tá chegando o Dia das Crianças, nééé?
Eu fiquei olhando para aquele menino de 1,85 sem saber o que responder.
Poderia ter dito que ele não era mais uma criança, mas aí estaria correria o risco de me contradizer no futuro. Afinal, para algumas coisas, apesar do tamanho e da voz grossa, ele ainda é uma criança para mim.
Mas, também ignorar o olhar de provocação diante daquela pergunta seria pedir demais.
Resolvi encarar o desafio para ver até onde essa conversa nos levaria.
- Você quer
ganhar presente do Dia das Crianças? Perguntei dando uma de desentendida.
Mas, a
situação era mais grave do que eu tinha imaginado. O meu filho adolescente me
olhou como se não me reconhecesse.
- Ué, mas claro
que sim.
Como, claro
que sim? Tive vontade de gritarrrrr. Se até outro dia, o moleque estava dizendo que em breve eu teria que deixa-lo livre para o mundo, com a voz tão segura que me fez congelar por dentro.
Eu fiquei confusa, aliás, eu acho que esse é o efeito que os jovens causam nos pais, eles nos deixam muito confusos.
Quando nós pensamos que estamos perto de entendê-los, percebemos que nos enganamos feio.
Agora já não sei se o meu filho é uma criança- jovem ou se é um jovem- adulto. Estou neste ponto de observação esperando o que vai acontecer daqui pra frente.
Mas, o fato é que vou comprar um presentinho para ele, confesso que adoro pensar nele como uma criança. É o meu caçula, o que eu posso fazer?
Eu sei que a minha alegria tem data marcada para terminar, dia 13 de outubro, quando o Dia das Crianças já terá passado e ele voltará a ser o adolescente seguro que sabe tudo da vida, muito mais do que eu.
Mas, e daí: vou aproveitar enquanto posso.
E você já decidiu como vai passar o Dia das Crianças com o seu filho adolescente?
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