Pois é, eu
estava conversando com uma amiga muito querida sobre a minha vontade de colocar
botox para preencher algumas linhas de expressão, disfarçar os pés de galinha em
volta dos olhos, essas trevas que tomam conta do rosto, principalmente quando
chegamos aos 40.
A razão da
nossa conversa naquele dia é que, apesar de querer corrigir essas imperfeições,
eu ainda sinto medo do botox.
Eu conheço
bastante gente que já fez as aplicações com a toxina e a maioria ficou muito
melhor do que antes. A pele ficou mais lisa e a aparência muito mais jovem.
Qual é o
medo?
No meu caso, eu tenho receio de ficar diferente e não me reconhecer quando olhar no espelho.
No meu caso, eu tenho receio de ficar diferente e não me reconhecer quando olhar no espelho.
Sabe quando
a gente faz a sobrancelha e dá tudo errado? Cada vez que a gente olha no espelho é um
susto? Então...
Mas,
sobrancelha é algo que se conserte rápido e o botox?
Papo vai...
Papo vem...
E após ter
quase certeza de que já tinha me convencido (só para avisar: ainda não me
convenci), a minha amiga começou a contar o mico que tinha passado em um
consultório médico.
Ela tinha
até lá com outra colega (que não era eu) em busca de informações sobre uma
possível cirurgia plástica, algo mais radical.
Na
entrevista com o médico, a conversa fluindo bem para os dois lados, quando a
sua colega na maior naturalidade, perguntou:
- Doutor,
eu ouvi dizer que o senhor não está fazendo mais cirurgia porque a sua mão está
trêmula?
A minha
amiga disse que o médico se transformou em um monstro. Começou a chacoalhar as
mãos na frente delas, como se tivesse se tremendo todo. Foi um choque!
Elas saíram
de lá rapidinho, com ele logo atrás, fazendo o gesto com as mãos e dizendo
alto:
- Olha só
como estou tremendo... Estou tremendo todinho...
Eu ri muito
quando ela me contou essa história. Mas, ela não achou a menor graça porque,
depois desse mico, ficou com vergonha de retornar ao médico. Eu também ficaria.
Isso é
coisa que se fale para um cirurgião? É quase uma ofensa.
Mas, ela
falou e agora está falado.
Além disso,
desculpe doutor, mas um médico que lida com tantas mulheres devia entender que às
vezes falamos sem pensar. Acontece.
Eu sempre
tento enxergar a vida pelo lado bom, talvez isso tenha acontecido para que a
minha amiga não fizesse a tal cirurgia. Afinal, ela é uma mulher maravilhosa.
E sabe o que
mais? Isso me fez pensar que, na maioria das vezes, o nosso pior inimigo somos
nós mesmas.
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