Eu demorei a pegar gosto pelo livro, no início, não me conquistou.
Mas, do meio para o fim se tornou quase obsessão, não
consegui desgrudar. Quando virei a última página, dei uma espiada no relógio:
4:00.
Estava condenada a passar a manhã seguinte com olheiras, mas
quem adora ler sabe que isso é pouco diante do prazer de acabar um livro
incrível.
Pois bem, o livro conta a história de Louis Zamperini, criado
na Califórnia, dos anos 1920, uma peste quando criança, se envolvia em brigas e
atormentava a polícia local.
Mas, quando adolescente, se tornou um dos maiores corredores
dos Estados Unidos. Competiu nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, com um
desempenho sensacional.
Estava se preparando para os Jogos Olímpicos, quando a 2ª Guerra
Mundial começou e foi designado para servir como artilheiro em uma base no
Havaí.
Sobreviveu a um combate aéreo, do qual o seu avião saiu com cerca de 600 buracos na fuselagem e metade da tripulação, gravemente ferida.
Sobreviveu a um combate aéreo, do qual o seu avião saiu com cerca de 600 buracos na fuselagem e metade da tripulação, gravemente ferida.
Em uma tarde, Louis parte em uma missão de resgate e, em
algum ponto do Pacífico, os motores do seu avião pararam de funcionar. A
aeronave caiu no oceano e, com ele, apenas dois tripulantes sobreviveram.
Após 47 dias confinados a um pequeno bote, lutando contra os
tubarões, eles foram resgatados e feito
de reféns pelos japoneses quando pensaram ter encontrado uma ilha.
A história começa a ficar mais interessante a partir daí,
pelo menos é a minha opinião. Conta sobre o campo de prisioneiros e como Louis
sobrevive há anos de humilhação, violência e falta de comida.
Além da história incrível de luta pela sobrevivência, o
livro conta um pouco sobre a 2ª Guerra Mundial, mas do ponto de vista dos
Estados Unidos até a bomba detonada em Hiroshima e Nagazaki.
A história de Zamperini mostra que a maior luta do ser
humano é a que ele trava com ele mesmo.
Pois, apesar de ter sobrevivido à fome,
doença, violência e muita humilhação, ele quase sucumbiu ao ódio e
ressentimento e se entregou ao alcoolismo.
“...a batalha principal da vida pós- guerra era reconstruir a dignidade e achar um jeito de ver o mundo de outra forma que não fosse como trevas ameaçadoras. Não havia uma forma certa de encontrar a paz: cada um precisava encontrar o seu próprio caminho, de acordo com a sua história...”.
É uma história bonita, real, que no final mostra que fé
quando não cega pode ser uma fonte de luz que mostra o caminho para quem está
perdido dentro de si mesmo. Emocionante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário