Antes de nos despedirmos da Polônia, nós seguimos em direção à cidade de Oswiecim, onde estão localizados os Campos de Concentração de Auschwitz e de Auschwitz – Birkenau, chamado de Campo da Morte.
Não se trata de um passeio por um local turístico, como um parque , desde o início fica claro que estamos em um Memorial, que visa resgatar a memória das vítimas de um holocausto.
O grupo segue em silêncio até o portão de ferro na entrada do Campo de Concentração de Auschwitz, onde está escrito “Arbeit Macht Frei”, que significa em alemão “O trabalho liberta”.
Esse portão era o mesmo atravessado pelos prisioneiros, durante a II Guerra Mundial, dando a esperança de que estavam chegando a um campo de trabalho e que se obedecessem as regras seriam libertados.
Quando falamos em Campo de Concentração de Auschwitz estamos nos referindo a um complexo formado por três campos: Auschwitz I, Auschwitz II – Birkenau e Auschwitz III – Monowitz.
O primeiro e mais antigo campo, Auschwitz I, por onde começou a nossa visita, começou a funcionar em 14 de junho de 1940, porque as prisões estavam superlotadas com o aumento do número de presos polacos.
Beliches utilizados pelos presos em Auschwitz I |
A data da
sua fundação é marcada pela chegada do primeiro transporte com 728 prisioneiros
polacos, considerados como pessoas muito perigosas, entre estes estavam líderes
sociais e religiosos, membros da inteligência, cultura e ciência, membros do
movimento da resistência e oficiais.
Parede da Morte, onde os nazistas fuzilaram milhares de pessoas. |
Casa onde morava o comandante do campo, Rudolf Höss, com a família ficava muito próxima da câmera de gás, em Auschwitz I. |
Entrada da câmara de gás em Auschwitz I |
Local por onde os nazistas jogavam o gás tóxico Zyklon B. |
Em maio de
1944, os nazistas deportaram para Auschwitz cerca de 440 mil judeus da Hungria.
Vista de dentro do Campo de Concentração de Auschwitz II –Birkenau, o Campo da Morte. |
Trem onde eram transportados os judeus que chegavam ao campo, sem qualquer ventilação. Muitos morriam antes de chegar. Outros quando desciam do trem já seguiam direto para a câmera de gás. |
Em Birkenau existiam dois tipos de barracões: tijolo e madeira. |
Nesse mesmo tempo, os fotógrafos alemães realizaram no Campo de Auschwitz II –Birkenau quase 200 fotos.
Abaixo mulheres/ crianças enviados para a câmara de gás. |
Pessoas caminhando para a câmara de gás. |
Judeus – 1, 1 milhão deportados – 200 mil registrados - 1 milhão mortos
Polacos – 140 a 150 mil deportados - 140 mil registrados – 70 a 75 mil mortos
Ciganos – 23 mil deportados – 23 mil registrados – 21 mil mortos
Prisioneiros Soviéticos – 15 mil deportados – 12 mil registrados – 14 mil mortos
Outros – 25 mil deportados – 25 mil registrados – 10 a 15 mil mortos
Monumento Internacional das Vítimas do Holocausto |
Ruínas da câmara de gás e crematório número 3, em Birkenau |
Com o avanço das tropas soviéticas, os alemães colocaram fogo nos armazéns. Mesmo com todo o esforço, os nazistas não conseguiram apagar as provas dos crimes. |
No final de
1944, com a aproximação do Exército Vermelho, as autoridades alemãs do campo
iniciaram o processo de apagar os vestígios de seus crimes, como por exemplo, a
destruição de documentos e das câmaras de gás. Mas, não tiveram tempo para
destruir tudo.
Neste museu, estão guardados:
- Mais de 80 mil sapatos;
- Cerca de 3,8 mil maletas, destas 2,1 mil com inscrições.
- Cerca de 12 mil panelas;
- Cerca de 40 kg de óculos;
- 460 unidades de próteses;
- 570 unidades de roupas de campo, os chamados listrados;
- Entre outros objetos, estão cerca de duas toneladas de cabelos de mulheres deportadas para o campo.
Nas
coleções dos campos encontram-se documentos que não foram destruídos. Cerca de
39 mil negativos de fotografias de prisioneiros recém- chegados e cerca de 2,5
mil fotografias familiares, trazidas ao campo por judeus.
Esse era o caminho que os judeus seguiam quando chegavam em Birkenau para ir a câmara de gás |
Câmara de gás foi destruída pelos nazistas. |
Barracão de Madeira |
Em 2 de
julho de 1947, o parlamento Polaco aprovou a emenda no sentido de preservar
eternamente os terrenos e objetos do antigo campo e fundou o Museu Nacional Oswiecim-
Brzezinka. Esse nome foi mudado em 1999 para Museu Nacional de Auschwitz-
Birkenau.
As pessoas
que desejem receber informações sobre ex- prisioneiros podem entrar em contato,
pessoalmente ou por escrito, com o Serviço de Informações sobre Ex-
prisioneiros. Os funcionários irão ceder informações, baseados em documentos
existentes e relacionados com o campo. Infelizmente não existe informações por
escrito sobre a maioria dos prisioneiros, pois a maior parte foi destruída
pelos alemães.
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