Nas férias
de julho, em meio à crise econômica do país, muita gente faz as contas para saber se, esse ano, é possível aproveitar os dias de
folga em outra cidade ou país.
Para
compensar o valor do dólar que está nas alturas, às agências e sites de viagens, assim como os programas de milhagens
oferecidos pelas companhias aéreas, capricharam nas promoções.
Mesmo assim, muita gente desistiu de viajar para a América do
Norte e, por outro lado a Europa está sendo invadida por um número enorme de
turistas.
Claro, que
ainda é difícil imaginar que uma viagem a Europa possa sair no mesmo valor ou
até mais barata do que a qualquer país das Américas.
Depois de algumas experiências pelo mundo eu aprendi que o preço da viagem não depende apenas do destino e, sim, do tipo de experiência que a pessoa quer viver quando estiver lá.
Neste ano,
eu viajei para o Leste Europeu (Alemanha, República Checa, Eslováquia, Hungria
e Polônia), alguns países que há pouco tempo ainda faziam parte do regime
comunista e, por isso, muito interessantes dos pontos de vista cultural e
gastronômico.
São países
que por permanecerem fechados ao turismo durante tantos anos, ainda mantém suas
tradições e costumes, além de receberem os turistas com alegria, afinal somos
novidade.
Além disso,
países como a República Checa, Hungria e Polônia possuem suas próprias moedas e
o valor é mais baixo do que o Euro.
Sem contar
a Alemanha, nos outros países eu me surpreendi com o preço da comida e
hospedagem, que eu considerei bastante justo e inacreditavelmente mais baixo do
que nos países da Europa Ocidental, como França e Itália.
Lá eu vivi
uma experiência diferente ao trocar a hospedagem dos hotéis por apartamentos
alugados através do site Airbnb (www.airbnb.com.br).
Se eu tive
algum receio de fazer isso? Claro, que sim. Mas, os preços eram terrivelmente
tentadores.
Eu aluguei
um apartamento em Praga, na capital da República Checa, e a experiência foi excelente.
Apesar do prédio antigo, o apartamento estava reformado e a decoração era muito
charmosa.
A dona veio
nos entregar a chave pessoalmente e foi bacana poder conhecer alguém da cidade
capaz de dar dicas de restaurantes e outros lugares que fugiam um pouco do
roteiro turístico.
Ela deixou
à geladeira cheia de guloseimas e para facilitar a nossa vida comprou até as
primeiras passagens do metrô. Foi fantástico. Na última noite, eu preparei um
jantarzinho romântico para o meu marido e foi muito especial para nós.
Em
Budapeste, na Hungria, eu também aluguei um apartamento bem localizado, no
centro de Peste, há poucos metros do Parlamento, que pertencia a uma jornalista
de celebridades.
Em uma
noite gelada, eu decidi tomar banho quente de banheira para me esquentar e,
após alguns minutos, a água ficou muito gelada. Conclusão: fui dormir sem tomar
banho.
Apesar do
inconveniente, encarei a situação como uma experiência e nas próximas noites me
contentei em tomar banho de chuveiro. Em compensação, fui a supermercados e
descobri algumas comidas húngaras muito gostosas para o café da manhã e o
lanche da noite, o que talvez não acontecesse se eu tivesse ficado em um hotel.
Quem
decidir alugar um apartamento em outro país precisa estar preparado para quando
as coisas não saírem conforme o planejado. Importantíssimo possuir um telefone
celular com o chip do país para entrar em contato com os proprietários do
imóvel, mas às vezes até isso pode falhar. Não é só no Brasil que as operadoras
deixam os usuários na mão.
Quando eu
cruzei a fronteira entre a Alemanha e a República Checa o nosso celular, que
estava com o chip para falar por toda a Europa, de repente parou de funcionar e
nós tivemos que ir a um Hotel para usar o wi-fi e entrar em contato com a dona
do apartamento.
Nessa hora,
saber falar bem o idioma inglês também dá mais segurança. Mas, sinceramente, eu
acho que a minha cara de preocupação ao pedir a senha do wi-fi falou mais do que mil palavras. kkkk
Eu adoro
novas experiências e sempre que alguma coisa não sai conforme o planejado eu me
conformo pensando que é exatamente isso o que tornará a viagem inesquecível. E,
geralmente, é isso mesmo o que acontece.
Eu tenho
certeza que você ainda lembra o mico que pagou na sua última viagem ou de
quando gastou a maior grana em um prato de massa que estava apimentado demais.
Eu procuro
encarar as situações adversas como aprendizados, sem contar que com essas
experiências eu aprendo um pouco mais sobre mim, quais são os meus limites e
até que ponto eu sou capaz de suportar sem perder a classe e o bom humor.
Nem todo
mundo pensa assim e estou longe de querer ditar a regra.
Eu conheço
pessoas que ao planejarem uma viagem não abrem mão de ir aos melhores
restaurantes, mas se conformam em dormir em quartos mais simples e outras que
fazem exatamente o contrário.
Já existem
aquelas que preferem economizar o máximo com restaurantes e hotéis para gastar nos shoppings.
Claro,
tem aquelas que só saem de casa para viajar se não precisarem economizar com
nada e aí o céu é o limite. E o contrário, quem economiza em tudo e ainda volta
para casa com dinheiro no bolso.
Para
cada uma dessas pessoas, não importa o destino escolhido, a viagem terá um
preço diferente, certo?
Qual
o tipo de viajante é você? Essa é a primeira pergunta a fazer antes de decidir
viajar para qualquer lugar do mundo. Digo isso porque muita gente organiza o
roteiro de viagem baseado no conselho ou opinião de amigos, o que eu considero
um erro.
–
Você não pode ir à Itália e não conhecer Roma!
- A
melhor época para conhecer o Central Park é no verão.
Se
você não gosta de visitar igrejas e templos antigos, prefere cerveja a vinho
porque ir à Roma?
Se
você prefere férias na praia porque ir à Nova York no verão?
O
mundo é tão grande, oferece tantas possibilidades, que vale a pena escolher um
roteiro que tenha mais a ver com o seu jeito de ser.
Afinal,
as férias são suas, o dinheiro é seu e é você que vai ficar aborrecido quando
estiver lá ou não é?
Obs: Esta matéria foi publicada na Revista Madeleine do mês de junho
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