Há pelo menos duas versões a respeito da origem do nome Montevidéu. A primeira se baseia no diário de navegação da expedição de Fernão de Magalhães, datado de janeiro de 1520. Esse documento registra a existência de um monte que se assemelhava a um chapéu, localizado à direita de quem navega de leste para oeste.
A esse
monte foi dado o nome de "Monte vi eu". Assinado por Francisco de
Albo, contramestre da expedição, esse é o mais antigo documento em espanhol que
menciona um nome similar a "Montevideo".
A outra
versão, apesar de não ter base em documentos históricos, é mais difundida. Ela
dá conta de que, navegando pelo Rio da Prata de leste a oeste (do Oceano
Atlântico para o continente), avista-se o 6º monte na região em que hoje se
situa a capital uruguaia. Daí, o registro de "Monte VI de Este a
Oeste", que de forma abreviada se escreve "Monte VI-D-E-O".
A capital
uruguaia fica há aproximadamente 2h00 de carro Punta Del Leste, o balneário
mais chique e famoso do país. Nós fizemos
esse percurso e foi super tranquilo, mas quando chegamos a Montevideo estava
chovendo muito.
No inverno, época da nossa viagem, é preciso mais do que
disposição para caminhar pelas ruas da cidade, é preciso força de vontade para
caminhar contra as fortes rajadas de ventos fortes e muito frios.
Por isso,
seguimos direto para o Mercado do Porto,
onde estava ocorrendo uma festa de universitários. Ao lado, fica localizado o centro turístico, onde você pode pedir informações e obter mapas da cidade.
O Mercado
do Porto foi inaugurado em 10 de outubro de 1868 e parece com uma estação
ferroviária. O nome não condiz muito com o que você vai encontrar quando chegar
lá, pois ao invés de lojas com mercadorias variadas, o local abriga muitos
restaurantes e barzinhos.
Logo percebemos
que o carro chefe da grande maioria dos restaurantes era a parrila, uma espécie
de grelha abastecida com lenha onde os uruguaios colocam diversos tipos de
carnes para assar juntas.
A aparência
do lugar não é dos melhores, escuro e com a aparência meio sujinha, mas não se
engane pensando que o preço da comida é barato porque você vai se surpreender.
No o El
Palenque, o restaurante mais famoso do mercado, o preço pode ser indigesto. Após
analisar um pouco, decidimos pelo Restaurante Cabaña Verónica, onde experimentamos a tal parrila acompanhada da
cerveja local chamada Patricia. Novamente, o preço da comida não era barato,
mas valeu a pena.
Antes de ir
a Montevidéu, tinham me falado que o passeio ao Mercado do Porto era o ponto
alto do passeio, mas apesar da chuva e do frio, eu decidi dar uma volta pela
cidade.
A primeira
parada foi na Praça Independência, onde
bem no centro está uma grande estátua equestre de José Gervasio Artigas.
Através de escadas é possível chegar até o mausoléu subterrâneo onde se
conservam os restos mortais do herói nacional em uma urna.
Bem próxima
está a Porta da Cidadela, construída
na época do Montevidéu colonial, logo em frente começa a via para pedestres
Sarandí.
Dali é
possível ver o prédio do Teatro Solís,
inaugurado em 1856. O nome foi uma homenagem ao navegante espanhol Juan Díaz de
Solís, que foi comandante da primeira expedição européia a entrar no Rio da Prata.
Também é
possível avistar o Palácio Salvo,
desenhado pelo arquiteto italiano Mario Palanti, um imigrante Italiano que
vivia em Buenos Aires. O edifício foi inaugurado no ano de 1928, com 95 metros
e 27 pisos, foi à torre mais alta da América do Sul por vários anos.
Atualmente
o prédio é símbolo da cidade, recordando os anos de prosperidade das primeiras
décadas do século XX. Estava um
vento muito forte e, após fazer algumas fotos, voltei correndo para me abrigar no
carro.
A vontade era
caminhar até Avenida 18 de Julho, o
principal corredor comercial da cidade, mas por causa do mau tempo, eu fui até
o Mercado de Artesanatos, que não é
muito grande, mas tem coisas interessantes, como bolsas de couro, além de cerâmica e outros.
Montevidéu
tem vários shoppings, mas os preços não estavam muito diferentes do Brasil.
O shopping Punta Carretas é maior e mais
novo. Possui cerca de 200 lojas, entre elas, Zara, Lacoste, Levi’s, Adidas e
Nike, além de outras lojas locais, como Indian Emporium, La Opera e Daniel
Cassin.
O Montevideo Shopping é o mais antigo da
cidade, o teto baixo dá a sensação de um lugar apertado e feinho. O lado bom e
a enorme loja da Forever 21, uma das maiores que eu já vi.
O pouco que
vi de Montevideo lembrou-me um pouco de Copacabana, no Rio de Janeiro, com os
prédios em frente à orla. Uma paisagem muito bonita.
É uma
cidade que vale a pena conhecer mesmo em um dia de chuva.
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