Manhã de sábado, com céu nublado e temperatura baixa era um
convite para ficar na cama até mais tarde, mas os meus planos eram outros.
Eu coloquei uma roupa confortável, engoli qualquer coisa e fiquei
esperando a minha amiga para irmos juntas ao curso da mestre Reiki nos Sistemas
Usui de Cura Natural e Tibetano, Claudete Onishi.
Um dia antes do curso, eu fiz uma pesquisa na internet para não
chegar totalmente ignorante e descobri que a palavra Reiki significa: Rei
(Energia Universal) e KI (Energia Vital).
O Reiki surgiu no Japão, em 1800, através de Mikao Usui,
diretor da Universidade de Doshita em Kioto, que também era cristão.
Contam que a sua busca pela energia que pode levar a cura
teve início quando um dos seus alunos lhe perguntou qual era o método usado por
Jesus e Buda para curar os doentes.
O ocidente veio a conhecer o Reiki em meados de 1900, o
Brasil em 1982 e eu conheci o Reiki no último sábado. Só um pouquinho atrasada,
não é?
A minha expectativa com relação ao curso era aprender as
técnicas do Reiki, que consiste em meditação e sobreposição das mãos em alguns pontos
do corpo (também chamados de chakras).
Essa técnica pode fazer com que qualquer pessoa, que tiver a
intenção, direcione a energia vital que existe no universo para se equilibrar e
transformar as dores, os sentimentos e pensamentos e, assim, possa sentir e distribuir a
paz e a harmonia para todos a sua volta.
Será que era tão simples? Que bastava ter a intenção para
captar a energia do Reiki que existe no universo? Será que eu seria capaz
disso? Era isso o que eu estava ansiosa para descobrir.
Enquanto eu esperava ansiosa para ir ao curso, fiquei
pensando que usar as mãos para transmitir boas energias é algo quase
instintivo.
Pense se alguma vez você já colocou as mãos na cabeça para
afastar um pensamento ruim ou uma dorzinha chata. Aposto que sim.
Lembre agora se já colocou as mãos no coração quando sentiu
medo ou tristeza. A gente faz isso o tempo todo sem se dar conta de que está
praticando uma técnica de Reiki.
O curso foi ministrado em uma casa com muitas janelas, cheia
de luz natural. A mestre Claudete Onishi nos recebeu com um abraço fraterno e
nos conduziu até a sala.
Éramos um grupo de quatro mulheres, com vidas bem
diferentes. À medida que a conversa fluiu, nós começamos a abrir os nossos
corações e imediatamente uma energia amorosa tomou conta do lugar.
Deixamos de ser a dona de casa, a funcionária pública, a
comerciante, a mãe para despertamos como mulheres cheias de conflitos e dores,
algumas difíceis de dimensionar.
A história que mais me tocou foi de uma das nossas colegas
do grupo que, há 1 ano e oito meses, está reaprendendo a viver, após o seu único
filho, de 29 anos, ter partido para
outra vida.
“Só o amor para mudar a realidade atual. Estou aqui para poder ajudar mais, para tentar doar um pouco de paz para todas as mães do mundo. Está tudo certo. O que eu tenho que aprender agora é viver essa nova vida”.
Citando a poetisa Cora Coralina, ela concluiu: Quem inventou
o abraço sabe a necessidade de juntar coração com coração.
Sem dúvida, as palavras dela fizeram com que todas nós
revíssemos os nossos valores e comportamentos diante dos problemas do dia a
dia. (Se você estiver lendo, obrigada querida colega por dividir isso conosco).
Mas, essa era a primeira etapa do curso. No momento
seguinte, de forma muito suave, a mestre Claudete Onishi nos ensinou a fazer a
posição Gassho. Juntamos as mãos, semicerramos os olhos e levamos a atenção
para a altura dos dedos médios.
Ao olhar para a altura dos dedos médios, o ponto mais alto
das mãos, a mestre explicou que conseguimos equilibrar os dois lados do cérebro
e nos concentrar.
“Não briga com a mente. Se ela divagar, volte a se concentrar. Não diga que não consegue - a gente consegue tudo o que a gente quiser. Sinta o ar entrando e saindo dos pulmões e tome consciência da respiração da vida”.
Enquanto eu tentava me concentrar, o que não é fácil para
mim, surgiu uma frase em minha mente: Cura- me. Cura-te. Cura-se.
Perguntei se poderia recitar um mantra enquanto meditava.
Ela disse que era melhor não porque o que fosse acontecer teria que ser uma
experiência individual.
A meditação serve para reeducar a mente. Se você deixar a mente livre, ela vai apresentar todos os tipos de informações porque não terá educação. Você precisa estar no controle da sua mente. O líder espiritual, Yogi Bhajan, dizia: Quem conquista a sua mente, conquista o mundo, lembrou a mestre.
Após ensinar a técnica de meditação, Onishi passou a
explicar que o Reiki, além de promover a cura do corpo e da alma, é um método
de atrair benção.
“Se você equilibra a sua mente, o seu espaço e os seus relacionamentos vai atrair benção ou não?” Perguntou nos fazendo pensar sobre isso.
Ela nos contou que Mikao Isoe, o percursor do Reiki, criou
cinco princípios reikianos para encontrar o equilíbrio. Os princípios começam todos
da mesma forma: Somente por hoje não
se irrite, Somente por hoje não se
preocupe...
Claro, que não é para deixar a vida a Deus do ará. Os
princípios, como a mestre nos explicou, servem para lembrar que é preciso fazer
o melhor que puder e viver um dia de cada vez, sem se preocupar com o que não
pode mudar ou controlar.
Quando você pensar negativo, faz um Reiki para a situação que está te preocupando. Tudo o que você deseja virá para você, mas sempre se lembre de dizer: Se for para a minha felicidade... Isso não é magia é entrar em harmonia com o universo, apenas fique atenta.
Estou tentando...
Após a meditação e os ensinamentos teóricos, nós fomos
levadas, uma de cada vez para uma sala, onde a mestre nos iniciou no Reiki. Ela
pediu para que eu me sentasse e fechasse os meus olhos, por isso, não vi nada.
Saindo dali, eu vi que algumas colegas estavam deitadas
enquanto as outras, que já tinham sido iniciadas, aplicavam o Reiki. Eu me
juntei a elas e posso dizer que foi incrível a sensação que eu senti em poder
me doar, servindo como um meio de levar a energia boa do universo pra cada uma
que estava ali.
Enquanto praticávamos, senti realmente um grande amor por
todas elas. Nem parecia que tínhamos acabado de nos conhecer.
A mestre nos explicou mais tarde que os reikianos são transmutadores
de energia.
“Onde tem preocupação, irritação... a gente vai levar amor”.
Eu saí do curso sentindo uma grande paz no coração e vontade
de continuar a aprender mais sobre o assunto.
Hoje eu sei que ainda desconheço muitas das minhas
capacidades. É como se eu guardasse um universo inteiro dentro de mim, mas me
faltasse compreensão para vivencia-lo de forma plena.
O Reiki acendeu uma luz, com a qual eu vou me guiar.
Obrigada a minha querida amiga Renata Giudice por me apresentar o Reiki e a minha mestra Claudete Onishi por toda dedicação e paciência, principalmente por sua generosidade em dividir conosco os conhecimentos que podem transformar as nossas vidas, dependendo agora de cada uma de nós.
PS: Como tudo que é bom deve ser compartilhado, para entrar em contato com a mestre Claudete Onishi acesse o endereço dela no Facebook: https://www.facebook.com/satinderkaur1951/?fref=tsEu tenho muita fé em nós!
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