Por Andressa Rodrigues
Quem me conhece sabe que sou apaixonada por gatos!
Sou uma legítima “gateira” - denominação dada a pessoas que acompanham tudo que
sai sobre felinos na internet, além de comprar roupas, objetos, livros,
revistas, brinquedinhos, enfim, tudo de gato. Esse amor surgiu depois que
adotei o Frajola. Na verdade, ele me adotou! E olha que antes dele eu “tinha
medo até de borboleta”, como meu irmão André adora lembrar.
Mas a história de hoje não é sobre o Frajola. Outro
dia conto sobre meu amorzinho com maior prazer. Hoje quero falar de uma ação
linda de uma família para adotar um gatinho. Imagina viajar 443 quilômetros só
para buscar o bichano! Foi isso mesmo que um casal de amigos fez no último
sábado (10/9).
Tudo começou assim...
Letícia, irmã do meu amigo Artur, mora com o esposo
Márcio na cidade do Rio de Janeiro. Ambos trabalham no aeroporto do Galeão. Um
dia eles perceberam a presença de um gatinho rondando o estacionamento do
aeroporto. O gatinho resolveu morar por lá. Com o passar do tempo, o felino
começou a receber alimento e carinho dos funcionários que ali trabalham. Mas só
de pensar no bichinho no estacionamento, ao relento, doía o coração de Letícia.
Ela sabia que não podia adotá-lo, por falta de tempo e de espaço. Foi então que
elaborou um “plano de resgate”.
Primeiro, Letícia convenceu a mãe Dinorah a adotar
o gatinho. Detalhe: Dinorah mora em São Sebastião! Depois, ela convenceu o
marido a abrigar o bichano por poucos dias. E por fim, Letícia convenceu o
irmão Artur, que também mora em São Sebastião, a ir ao Rio só para buscar o
“mais novo membro da família”. A família, aliás, diz que a insistência de
Letícia foi o que convenceu todos a embarcarem nessa história. “Além da
insistência, fiquei com muita pena de ver um gatinho tão novo e tão manso perdido
ou abandonado”, completou Dinorah, que ama felinos.
Na sexta-feira (9/9), Letícia conseguiu uma caixa
de transporte emprestada. Começava aí o “conto de fadas” do gatinho! Ele foi ao
veterinário passar por um check up completo. O médico, aliás, constatou que o
bichano não é de rua, pelo aspecto das unhas e dos dentes. Ele realmente se
perdeu de casa ou, pior, pode ter sido abandonado. Mas a história triste estava
prestes a ter um final feliz! O felino foi vermifugado, tomou banho e quando
chegou à casa de Letícia, amoleceu o coração do marido Márcio - que, a
princípio, era contra esse plano todo.
No dia seguinte, Artur e sua esposa Ingrid saíram
cedinho de São Sebastião rumo à cidade maravilhosa. Enquanto isso, o bichinho já
arrancava gargalhadas, animava o apartamento da Letícia e começava a
experimentar uma nova vida, cheia de amor e carinho. No domingo (11/9), ele finalmente
partiu para seu lar definitivo. Foram quase seis horas de viagem. No início,
Artur e Ingrid o acomodaram na caixa de transporte, mas ele ficou um pouco
estressado. O casal, então, decidiu arriscar e o deixou solto no carro. Ele
deitou no assoalho e dormiu o restante do percurso.
Em São Sebastião, foi direto para a casa da mãe
Dinorah. Entrou assustado, acanhado, mas em pouco tempo se ambientou e sentiu o
carinho que o aguardava e protegia. Nessa semana, ele voltou ao veterinário
para tomar as vacinas necessárias. E até já ganhou um nome! Agora se chama
Antonino. Antonino pesa quatro quilos e aparenta ter só seis meses de vida. Uma
vida que mudou para sempre... Não só a dele, mas também a de todos que
participaram dessa linda história.
Eu não diria que Letícia foi insistente. Para mim,
foi persistência! O amor pelos animais, em especial por gatos, a fez “mover
montanhas” para conseguir um lar ao Antonino. Quando eu soube dessa história,
pela minha amiga Ingrid, meu coração bateu forte de alegria e emoção. Por isso,
dou parabéns à família pela atitude! Agora estou super curiosa para conhecer o
sortudo de perto.
Para encerrar, deixo aqui um pensamento que Ingrid
se lembrou de Martin Luther King: "Pouca coisa é necessária para
transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios".
Beijos e até a próxima!
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