- Você não me conhece mais, por acaso sabe do que eu gosto?
- Claro que eu sei, de tudo menos de mim.
- Seja sincero, diga se tem alguma ideia do que eu estou pensando agora?
- Como eu posso saber se você não diz e só faz gritar.
- Como eu posso saber se você não diz e só faz gritar.
- Você não imagina como a minha vida está horrível!
- É verdade, eu não imagino. Mas, e a minha vida? Porque tudo tem que girar sempre em torno dos seus sentimentos?
Você pode estranhar o fato de eu ter começado esse texto com um diálogo.
É que eu não encontrei forma melhor de mostrar duas pessoas casadas, unidas pelo amor, mas que estão completamente surdas uma para a outra.
- É verdade, eu não imagino. Mas, e a minha vida? Porque tudo tem que girar sempre em torno dos seus sentimentos?
Você pode estranhar o fato de eu ter começado esse texto com um diálogo.
É que eu não encontrei forma melhor de mostrar duas pessoas casadas, unidas pelo amor, mas que estão completamente surdas uma para a outra.
Ou não é isso mesmo que parece estar acontecendo aqui?
Duas pessoas tentam falar sobre os seus sentimentos, mas mesmo com tanto esforço (e dor) as palavras se perdem no caminho.
Você pode adivinhar o resultado dessa conversa?
1º - Após gritarem um com o outro por mais alguns minutos, eles se sentirão frustrados, vão se calar e perceber que qualquer tentativa de conversa é inútil. Ela não entende. Ele não escuta.
2º - Ela vai subir para o quarto e chorar; ele vai assistir a TV e pensar: fico em casa ou saio para dar uma volta? Os dois sentirão saudades da época de solteiro quando, nessa hora, cada um ia para sua casa e esperava o clima melhorar.
3º - Ambos arrumarão as malas e irão embora, depois de jurarem que não voltarão nunca mais a encenar qualquer peça que tenha como tema principal o casamento.
Ou não.
Nem sempre uma briga entre o casal é o fim do relacionamento.
Ao contrário, como muitas de nós já sabemos, uma boa discussão pode sim apimentar a relação e torná-la mais forte e duradoura.
Eu sou da opinião de que o pior mal que pode ocorrer em um casamento não é a discussão, mas quando os dois desistem de buscar um entendimento por mais doloroso que ele seja.
Enquanto há briga, o jogo ainda não acabou. Ficar brava, ofendida e magoada demonstra que o outro te afeta de alguma maneira. Por pior que isso seja.
Mas, quando já não existe mais disposição nem mesmo para a discussão é hora de fazer alguma coisa. O silêncio é o maior dos perigos em um relacionamento.
Algumas amigas me contam que preferem calar para não dizerem tudo o que há para dizer.
Claro, que se você estiver com a cabeça quente é melhor respirar fundo antes de iniciar a discussão, isso é realmente sensato. Parabéns, aquelas que conseguem fazer isso.
Mas, fazer do silêncio um aliado de todos os momentos com a intenção de manter a paz no casamento também está errado.
O silêncio não apenas evita o sofrimento, se ele perdurar por um longo tempo pode afetar a intimidade do casal, criar uma distância, a ponto de um não saber mais quem é o outro que dorme todas as noites ao seu lado.
Eu conheço uma amiga que ficava olhando o marido dormir para descobrir o que ele pensava porque não tinha coragem de perguntar quando a ele.
Mas, se o coitado desse uma risada, pronto! Ela sofria horrores pensando que ele podia estar sonhando com outra mulher.
Na manhã seguinte, ainda calando as suas aflições, fingia uma calma que não sentia e perguntava: Você sonhou com quem? Parecia tão feliz...
Nem preciso dizer que o casamento não durou muito.
Quando a gente se casa surgem novas obrigações: responsabilidade com os filhos, discussões sobre as finanças que agora são conjuntas, adaptação das duas famílias, entre outros.
É comum, que por causa disso a mulher e o homem adquiram outros hábitos e até crenças em nome da harmonia no casamento. Quero dizer que é normal fazer concessões.
É normal, mas tem limites. No momento, em que um dos dois sente que está sendo usado deixa de ser normal.
Harmonia?
Pense, quando você casou era a harmonia que estava procurando? Acho que não.
Porque de repente ela passou a ser tão importante.
A música do Rappa “Minha Alma” tem um refrão que faz refletir e eu convido você a fazer isso:
“Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?”.
Usar o silêncio para conservar a harmonia nem sempre significa viver em paz e ser feliz.
Pode significar também uma forma disfarçar o medo. Medo de perder a pessoa amada.
Você quer viver com medo?
A briga entre o casal é tão necessária quanto os momentos de afeto, tanto um quanto o outro possibilitam momentos de diálogo.
O tom desse diálogo pode ser carinhoso ou ríspido, acabar em risada ou choro, mas isso demonstra que existe um sentimento pelo qual vale a pena lutar.
Quando o silêncio prevalece no relacionamento pode ser apenas demonstração de indiferença e falta de amor.
Um casal que se ama aprende a brigar junto e a não desistir um do outro.
Duas pessoas tentam falar sobre os seus sentimentos, mas mesmo com tanto esforço (e dor) as palavras se perdem no caminho.
Você pode adivinhar o resultado dessa conversa?
1º - Após gritarem um com o outro por mais alguns minutos, eles se sentirão frustrados, vão se calar e perceber que qualquer tentativa de conversa é inútil. Ela não entende. Ele não escuta.
2º - Ela vai subir para o quarto e chorar; ele vai assistir a TV e pensar: fico em casa ou saio para dar uma volta? Os dois sentirão saudades da época de solteiro quando, nessa hora, cada um ia para sua casa e esperava o clima melhorar.
3º - Ambos arrumarão as malas e irão embora, depois de jurarem que não voltarão nunca mais a encenar qualquer peça que tenha como tema principal o casamento.
Ou não.
Nem sempre uma briga entre o casal é o fim do relacionamento.
Ao contrário, como muitas de nós já sabemos, uma boa discussão pode sim apimentar a relação e torná-la mais forte e duradoura.
Eu sou da opinião de que o pior mal que pode ocorrer em um casamento não é a discussão, mas quando os dois desistem de buscar um entendimento por mais doloroso que ele seja.
Enquanto há briga, o jogo ainda não acabou. Ficar brava, ofendida e magoada demonstra que o outro te afeta de alguma maneira. Por pior que isso seja.
Mas, quando já não existe mais disposição nem mesmo para a discussão é hora de fazer alguma coisa. O silêncio é o maior dos perigos em um relacionamento.
Algumas amigas me contam que preferem calar para não dizerem tudo o que há para dizer.
Claro, que se você estiver com a cabeça quente é melhor respirar fundo antes de iniciar a discussão, isso é realmente sensato. Parabéns, aquelas que conseguem fazer isso.
Mas, fazer do silêncio um aliado de todos os momentos com a intenção de manter a paz no casamento também está errado.
O silêncio não apenas evita o sofrimento, se ele perdurar por um longo tempo pode afetar a intimidade do casal, criar uma distância, a ponto de um não saber mais quem é o outro que dorme todas as noites ao seu lado.
Eu conheço uma amiga que ficava olhando o marido dormir para descobrir o que ele pensava porque não tinha coragem de perguntar quando a ele.
Mas, se o coitado desse uma risada, pronto! Ela sofria horrores pensando que ele podia estar sonhando com outra mulher.
Na manhã seguinte, ainda calando as suas aflições, fingia uma calma que não sentia e perguntava: Você sonhou com quem? Parecia tão feliz...
Nem preciso dizer que o casamento não durou muito.
Quando a gente se casa surgem novas obrigações: responsabilidade com os filhos, discussões sobre as finanças que agora são conjuntas, adaptação das duas famílias, entre outros.
É comum, que por causa disso a mulher e o homem adquiram outros hábitos e até crenças em nome da harmonia no casamento. Quero dizer que é normal fazer concessões.
É normal, mas tem limites. No momento, em que um dos dois sente que está sendo usado deixa de ser normal.
Harmonia?
Pense, quando você casou era a harmonia que estava procurando? Acho que não.
Porque de repente ela passou a ser tão importante.
A música do Rappa “Minha Alma” tem um refrão que faz refletir e eu convido você a fazer isso:
“Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?”.
Usar o silêncio para conservar a harmonia nem sempre significa viver em paz e ser feliz.
Pode significar também uma forma disfarçar o medo. Medo de perder a pessoa amada.
Você quer viver com medo?
A briga entre o casal é tão necessária quanto os momentos de afeto, tanto um quanto o outro possibilitam momentos de diálogo.
O tom desse diálogo pode ser carinhoso ou ríspido, acabar em risada ou choro, mas isso demonstra que existe um sentimento pelo qual vale a pena lutar.
Quando o silêncio prevalece no relacionamento pode ser apenas demonstração de indiferença e falta de amor.
Um casal que se ama aprende a brigar junto e a não desistir um do outro.
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