Nesta semana, a LojaEncantes começou a vender as biojoias, confeccionadas pelos índios da etnia
Krahô, habitantes do cerrado brasileiro, do nordeste do Tocantins.
A poesia deste trabalho está na habilidade de se comunicar
com as coisas e através delas. Coisas não são meros objetos, elas têm vida. Dar
forma é vida.
Os colares (hõkrexêxà), gargantilhas (hõkrexêxàpej), brincos (hapac to impej xà) e pulseiras (ipahkà) são biojoias feitas por mulheres com linha de tucum ou nylon (fitxê), sementes de tiririca (acà), cabeça de formiga (hômjĩre hy), sororoca (pãmrehy) e miçangas (kẽnre).
A coleta e o processamento dessas matérias-primas são
realizados por homens, mulheres e também crianças da aldeia, configurando uma
produção familiar.
Para divulgar as peças nós fotografamos a bela Luíza Outi, no
bairro São Francisco, um dos lugares mais bonitos de São Sebastião, cidade do
Litoral Norte de São Paulo.
Quando a Luíza soube que parte da venda será revertida para
compra de novos artesanatos da aldeia, ficou muito feliz em participar da
campanha. E nós, claro, comemoramos essa decisão!
As biojóias estão fazendo um grande sucesso, como imaginávamos. Mas, muita gente ficou curiosa para saber como as peças vieram até nós.
As biojóias estão fazendo um grande sucesso, como imaginávamos. Mas, muita gente ficou curiosa para saber como as peças vieram até nós.
- Vocês foram até a aldeia?
- Ah! Bem que gostaríamos, mas ainda não conhecemos a aldeia, mas
está nos nossos planos para os próximos meses.
Quem nos apresentou as biojoias foi o ceramista Carlo Cury.
Ele havia feito o curso Sonidos de América em 2015 e, em
2016, foi com o fotógrafo Renato Soares para uma vivência sobre fotografia na
aldeia Santa Cruz do povo Krahô, localizada no município de Itacajá, TO.
Durante a vivência, o Carlo ofereceu à presidente da
Associação dos Krahô, a índia Maria José Capé, repassar o curso dos sonidos, já
que este povo é muito musical, mas não tinha a cultura da cerâmica.
Junto com a ceramista Cláudia Canova, ele ensinou o povo da
aldeia a fazer apitos de cerâmica, que podem se traduzir em mais uma fonte de
renda. Essa troca de conhecimento criou um vínculo entre os ceramistas e os
índios.
Quando o Carlo retornou para sua casa no Litoral Norte, trouxe
consigo as biojoias, com o objetivo de vendê-las e reverter à verba para compra
de novas peças da aldeia Krahô.
Depois que nós nos conhecemos, o Carlo decidiu confiar essa
linda missão a nossa equipe da Loja Encantes.
Estamos seguindo em frente com a sua proposta, de preservar e divulgar a cultura deste povo Krahô, que foi praticamente dizimado devido o avanço das frentes agropecuárias, mas que aos poucos, com muita luta, está conseguindo reverter esse cenário.
Estamos seguindo em frente com a sua proposta, de preservar e divulgar a cultura deste povo Krahô, que foi praticamente dizimado devido o avanço das frentes agropecuárias, mas que aos poucos, com muita luta, está conseguindo reverter esse cenário.
E agora você também pode ajudar a garantir um futuro digno
para esse povo, adquirindo as biojoias, veja como são lindas: http://www.lojaencantes.com.br/biojoias-ct-195ff7
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