Por Daniela Carvalho
Quando eu mudei para a minha rua, em 2009, eu não sabia que passaria a conviver com tantos gatos.
Pra ser sincera, eu não sei se sempre foi assim e eu não percebia ou se isso passou a acontecer de uns tempos para cá.
O fato é que eu nunca gostei muito de gato, sentia medo e até um nervosinho em pensar no rabo dele passando pelas minhas pernas, os ossinhos pequenos... uiiiiiii.
Talvez por isso, pelo fato de não ter muita afinidade, que eu não reparasse neles. Mas, isso mudou desde a chegada do Zibileu, Zibis para os mais íntimos.
Pra ser sincera, eu não sei se sempre foi assim e eu não percebia ou se isso passou a acontecer de uns tempos para cá.
O fato é que eu nunca gostei muito de gato, sentia medo e até um nervosinho em pensar no rabo dele passando pelas minhas pernas, os ossinhos pequenos... uiiiiiii.
Talvez por isso, pelo fato de não ter muita afinidade, que eu não reparasse neles. Mas, isso mudou desde a chegada do Zibileu, Zibis para os mais íntimos.
Dizem que acontece com todos. Não sei se você já passou por isso, mas parece que até a coisa acontecer com a gente não é percebida com tanto destaque.
Mulher grávida sabe bem disso. Até que a gente fique grávida, não repara em quantas pessoas esperando bebê existem a nossa volta.
De repente, só vemos barrigas, barrigas e mais barrigas.
Mas, voltando a falar sobre a minha rua, o Zibis me fez perceber quantos gatos existem ao meu redor.
O próprio Zibis era um sem teto até que decidiu mudar de vida e me adotar. Sempre ouvi falar que gato escolhe o dono e hoje credito ser a mais pura verdade.
Ele foi persistente no início, mas nem precisou fazer muito esforço. O meu filho tinha acabado de sair de casa para fazer cursinho em outra cidade e eu estava com saudades de ter com quem brigar e dar carinho.
Dizem que mulher carente é um perigo, que se apaixona por qualquer um. Eu me apaixonei por um gato vira-lata.
O Zibis, apesar de ter todo o conforto aqui em casa, ainda gosta de sair para encontrar os amigos.
Outro dia, uma vizinha, conhecida por alimentar os gatos da rua, me contou que o viu brigando para defender os seus amigos de um gato “estrangeiro”.
Esse é o meu Zibis! Pensei.
O problema é quando esses gatos resolvem namorar. É um verdadeiro escândalo e todos os vizinhos saem de suas casas para saber se os seus gatos estão em perigo. É até engraçado.
O Zibis é castrado, não precise ficar triste por ele.
Eu digo isso porque no início fiquei meio triste, mas fui convencida pelo veterinário que estava salvando o Zibis de coisas piores que não poder namorar uma gatinha.
Decidi acreditar nele. Vi muitas vantagens nesta castração, acrescentando o fato de que já estava sem os meus filhos e não querer correr o risco do Zibis se apaixonar e me deixar.
Repito: mulher carente é um perigo.
Depois da castração, isso deixou de ser um problema. Pelo menos, era o que pensava. Há poucos dias, o Zibis saiu para seu passeio matinal e demorou a voltar.
Eu geralmente o chamo, ele volta e fica miando no portão até eu abrir. Mas, dessa vez, ele não voltou.
Resolvi procura-lo e o encontrei na varanda da casa da frente, conversando ou brigando – ainda não sei como interpretar isso – mas fazendo a maior zoeira com uma gata siamesa linda e o dobro do tamanho dele.
Nervosa, eu o chamei:
– Vem, Zibis. E nada dele vir. Apenas se encolheu, nunca o vi numa posição de tanta humildade.
Continuei:
- Sai gata, xô! Ela nem deu bola pra mim, continuou a mesma posição, altiva, dona do pedaço e do meu Zibis.
Voltei para casa, enchi a tigela de comida e fui até ele. – Vem, Zibis! O danado, levantou as orelhas, ergueu o corpo devagar, mas veio. Com a convivência, eu aprendi: Gato de rua ama mais com a barriga do que com o coração.
Mulher grávida sabe bem disso. Até que a gente fique grávida, não repara em quantas pessoas esperando bebê existem a nossa volta.
De repente, só vemos barrigas, barrigas e mais barrigas.
Mas, voltando a falar sobre a minha rua, o Zibis me fez perceber quantos gatos existem ao meu redor.
O próprio Zibis era um sem teto até que decidiu mudar de vida e me adotar. Sempre ouvi falar que gato escolhe o dono e hoje credito ser a mais pura verdade.
Ele foi persistente no início, mas nem precisou fazer muito esforço. O meu filho tinha acabado de sair de casa para fazer cursinho em outra cidade e eu estava com saudades de ter com quem brigar e dar carinho.
Dizem que mulher carente é um perigo, que se apaixona por qualquer um. Eu me apaixonei por um gato vira-lata.
O Zibis, apesar de ter todo o conforto aqui em casa, ainda gosta de sair para encontrar os amigos.
Outro dia, uma vizinha, conhecida por alimentar os gatos da rua, me contou que o viu brigando para defender os seus amigos de um gato “estrangeiro”.
Esse é o meu Zibis! Pensei.
O problema é quando esses gatos resolvem namorar. É um verdadeiro escândalo e todos os vizinhos saem de suas casas para saber se os seus gatos estão em perigo. É até engraçado.
O Zibis é castrado, não precise ficar triste por ele.
Eu digo isso porque no início fiquei meio triste, mas fui convencida pelo veterinário que estava salvando o Zibis de coisas piores que não poder namorar uma gatinha.
Decidi acreditar nele. Vi muitas vantagens nesta castração, acrescentando o fato de que já estava sem os meus filhos e não querer correr o risco do Zibis se apaixonar e me deixar.
Repito: mulher carente é um perigo.
Depois da castração, isso deixou de ser um problema. Pelo menos, era o que pensava. Há poucos dias, o Zibis saiu para seu passeio matinal e demorou a voltar.
Eu geralmente o chamo, ele volta e fica miando no portão até eu abrir. Mas, dessa vez, ele não voltou.
Resolvi procura-lo e o encontrei na varanda da casa da frente, conversando ou brigando – ainda não sei como interpretar isso – mas fazendo a maior zoeira com uma gata siamesa linda e o dobro do tamanho dele.
Nervosa, eu o chamei:
– Vem, Zibis. E nada dele vir. Apenas se encolheu, nunca o vi numa posição de tanta humildade.
Continuei:
- Sai gata, xô! Ela nem deu bola pra mim, continuou a mesma posição, altiva, dona do pedaço e do meu Zibis.
Voltei para casa, enchi a tigela de comida e fui até ele. – Vem, Zibis! O danado, levantou as orelhas, ergueu o corpo devagar, mas veio. Com a convivência, eu aprendi: Gato de rua ama mais com a barriga do que com o coração.
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