segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Vale Sagrado dos Incas: o que você deve saber antes de viajar


Para chegar a cidade de Ollantaytambo e pegar o trem até Machupicchu, atravessamos o Vale Sagrado dos Incas. No trajeto, que durou um dia inteiro, nós fizemos quatro paradas para conhecer a fortaleza de Sacsayhuaman, os ateliês de Chinchero, os terraços de Moray e as salinas de Maras.




Existem muitas opções de meio de transporte para fazer essa viagem, nós decidimos ir de táxi.
Quem nos levou neste passeio foi o Henrique, um motorista experiente, que também foi uma espécie de guia turístico. Ele nos levou ao seu restaurante favorito e também nos ajudou a negociar os preços das mercadorias, dando algumas dicas importantes. A viagem de táxi custou s/ 150,00 soles.



A primeira parada que fizemos foi nas ruínas de Sacsayhuaman, que fica a 2 km de Cusco, de onde saíram as pedras para a construção da grande Catedral.
Na entrada deste parque, compramos o BTC (Boleto Turístico Delcusco), que custou S/ 130 soles, com vigência de 10 dias consecutivos.
Este boleto dá o direito de visitar 16 lugares turísticos, entre eles, Chinchero, Moray e Ollantaytambo. Não está incluso o passeio para as salinas de Maras (s/ 10 soles).


Voltando a Sacsayhuaman... minha primeira dica: Se você fizer esse passeio sem um guia turístico só vai ver pedras e mais pedras. Não tenha dúvidas: contrate um guia. É um investimento que vale a pena.
Sacsayhuaman é um descampado cercado por pedras gigantesca, onde os historiadores acreditam que foi uma fortaleza militar, construída para proteger a cidade de Cusco.


De lá é possível avistar toda a cidade de Cusco, com olhar especial para a praça das Armas.
Mas, o que impressiona é arquitetura, a forma como as pedras se juntam perfeitamente, formando um conjunto bonito e harmônico.


O local em que Sacsayhuaman está localizado não foi escolhido por acaso.
Pachacuti (Lembra que eu avisei que você ainda ouviria falar muito esse nome?), o imperador dos incas, ao construir a cidade de Cusco deu a ela a forma de um puma deitado, o animal que representa o guardião das coisas terrenas.
O local onde se encontra Sacsayhuaman corresponde à cabeça de do puma.


Chinchero - De lá seguimos para nossa próxima parada: Chinchero. Eu estava muito ansiosa para chegar neste lugar. Esse vilarejo parece ter parado no tempo. Não deixe de conhecer.


Lá, em um lugar no alto de uma colina, tem uma igrejinha muito antiga, onde ainda são realizadas missas. Ao redor, uma vista magnífica.

Moradores na saída da igreja

Vista das montanhas  ao redor do vilarejo de Chinchero
Os moradores do local ainda se reúnem para decidir sobre os assuntos importantes do vilarejo como na época dos seus ancestrais. 

Mulheres se reúnem para decidir sobre assuntos de interesse coletivo

Tecelãs se protegem da chuva

Existe uma feira grande de artesanatos e com produtos realmente produzidos à mão. Aqui você vai conversar e negociar com quem produz, são peças únicas e lindas.


Eu visitei um Centro Têxtil onde tive uma aula para aprender como é confeccionado e tingido os tecidos vendidos em Chinchero.


Tingimento natural do tecido

Tear - técnica ancestral
Todo o processo é feito de forma artesanal. As cores são obtidas através de frutos, flores e pequenos insetos.

Dona Catarina me ensinando sobre a técnica natural de tingimento dos tecidos

Os vegetais e frutos e suas respectivas cores
Os preços das mercadorias não são mais baratos do que no Mercadão de Cusco, mas a qualidade é incomparável. 





Terraços de Moray – Esse lugar é fantástico. Os pesquisadores acreditam que os terraços circulares de Moray funcionavam como um centro de pesquisa agrícola, onde cada nível oferecia um ambiente climático diferente e servia para cultivar diferentes plantas de forma experimental.


Em todo este sistema foram cultivadas com êxito mais de 250 espécies vegetais.
Outros estudos indicam que o lugar foi empregado para a observação astronômica e monitoramento de mudanças climáticas que poderiam apresentar-se, mediante o acompanhamento da luz solar e das sombras que apareciam das altas montanhas nesta área.


Salinas de Maras – Após atravessar uma estradinha estreira e perigosa, chegamos a 3.380 metros de altitude e avistamos o local os incas produziam o sal através da evaporação da água salgada.


Lá de cima vemos pequenas piscinas, uma ao lado da outra, formando uma espécie de mosaico.



Nós não fomos na melhor época do ano porque estava chovendo e as piscinas pareciam ml sujas de barro. Dizem que no período de seca a paisagem é toda branca e fica muito mais bonito.

 
Neste local, existem barraquinhas vendendo vários produtos com sal produzido em Maras. Uma boa dica? Aproveite para fazer um estoque de chocolate, são ótimos!
Nós fizemos esse passeio sem pressa e chegamos em Ollantaytambo, de onde sai o trem rumo a Machupicchu, por volta das 19h00.
Mas, eu vou contar sobre isso no próximo post.

Leia também:

O caminho pelo Vale Sagrado dos Incas






Um comentário:

  1. Incrível como vc descreve tudo tão bem, parece que estou lá...parabéns querida...

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