No topo da colina, o passeio ao bairro de Santa Teresa me
transporta para uma época de luxo e glamour dos anos 20, a “Belle Époque
carioca”.
Pelas ruas sinuosas e íngremes, passa um bondinho que parece
ter saído direto do túnel do tempo. É uma boa maneira de conhecer o bairro, mas
na minha opinião está longe de ser a melhor alternativa.
Ao fazer isso você vai entrar no clima do bairro, onde os brechós
convivem lado a lado com boutiques modernas e sofisticadas e existem botecos
e restaurantes com preços que cabem em todos os bolsos.
Um deles é o restaurante Nega Teresa, onde eu almocei um PF
(Prato Feito) de respeito, acompanhado de uma cerveja super gelada.
Outra características marcante do bairro é a presença dos casarões
antigos, que ladeiam as ruas. É impossível não reparar neles porque estão em
toda parte.
O bairro de Santa Teresa também é famoso por concentrar uma grande variedade de lojas e estúdios de arte.
O bairro de Santa Teresa também é famoso por concentrar uma grande variedade de lojas e estúdios de arte.
Por falar nisso, em “Santa” há dois locais fantásticos que
você precisa conhecer: o Museu da Chácara do Céu e o Parque das Ruínas.
Aliás, esses dois lugares foram os motivos principais do meu passeio pelo bairro.
Aliás, esses dois lugares foram os motivos principais do meu passeio pelo bairro.
O primeiro lugar que visitei foi o Parque das Ruínas, uma
casa construída nos tempos áureos do Rio de Janeiro, que hoje foi transformada
em galeria de arte.
O casarão pertenceu a Laurinda Santos Lobo, que foi uma
mecenas da Belle Époque carioca, conhecida como a “marechala da elegância.
Na década de 1920, aqui
era o ponto de encontro do Modernismo no Rio de janeiro, um dos pontos mais
badalados da vida cultural.
Era um local de festas que reuniam famosos e figuras
proeminentes da época, como o maestro Villa-Lobos, a pintora Tarsila do Amaral e
a bailarina Isadora Duncan.
Enquanto eu estava lá, vi um casal dançando no mirante.
Talvez quisesse sentir como eram os bailes que aconteciam ali no passado.
MUSEU CHÁCARA DO CÉU
Descendo a rua, há poucos passos dali, fica o Museu Chácara
do Céu, onde está guardado uma parte da coleção particular do colecionador de obras
de arte e industrial, Raymundo Ottoni de Castro Maya, um dos milionários mais conhecidos do Rio de
Janeiro, na década de 1920.
Ao passear pelo interior da casa, construída em estilo
moderno, é como se o proprietário ainda morasse lá.
O acervo está distribuído por varios ambientes. Logo na
entrada, tem um retrato do proprietário, feito por seu grande amigo, Cândido
Portinari.
Quadro “Nu Deitado”, de Di Cavalcante |
Ao subir a escada cheguei a um hall com piso de
madeira.
O local é cheio de seguranças porque, depois eu fiquei sabendo, a Chácara do Céu foi palco do maior roubo de arte que já aconteceu no país até hoje.
Uma das portas neste hall dá para a sala de jantar. Neste local, estão expostos os quadros de pintores
franceses.
Entre eles, o quadro “A falésia de Étretat”, de Gustave Coubert.
Outra porta neste andar leva à biblioteca e escritório do
industrial.
Num corredor estreito, estavam expostas as peças de
ceramistas nordestinos, entre eles, Mestre Vitalino.
No antigo quarto de hospedes da casa, encontrei a coleção de
arte brasileira, com principal destaque para os pintores do Modernismo.
Entre eles, estavam os quadros “O Sapateiro de Brodósqui”,
de Cândido Portinari; “Vista de Ouro Preto”, de Djanira; “Os noivos”, de
Guignard e “Paixão”, de Manabu Mabe.
Eu reservei uma manhã inteira para passear pelo bairro de
Santa Teresa e finalizei com um delicioso almoço, mas é possível ficar o dia
todo por ali.
Nenhum comentário:
Postar um comentário