A exposição Portinari Raros, apresentada pelo Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, apresenta 45 obras pouco ou nunca vistas pelo público e revela um artista plural, pesquisador, que se arrisca em diversas formas de expressão. A mostra foi dividida em nove núcleos temáticos: Fauna, Paisagens, Desenhos, Infância, Carajá, Bale, Gráfica, Fora de Série e Flores.
O que eu gosto nas obras de Portinari? Elas são tão diferentes entre si que é difícil definir, gosto da forma como ele se arrisca sem ficar preso a um tema ou a um estilo.
Índia Carajá, 1961 |
Menino com Carneiro, 1954 |
As obras coloridas me encantam pela delicadeza, principalmente aquelas de tons mais suaves, um pavão, um dia na praia..., mas prefiro os traços em preto e branco.
A morte cavalgando, 1952 |
Sempre penso: - Será que ele sabia o que estava fazendo desde o início ou será seguiu seu instinto? De qualquer forma, a coragem de quem se propõe a criar uma obra sempre me emociona.
Bombardeio na Rua, 1942 |
Um pouco sobre o artista - Nascido no interior de São Paulo, na pequena cidade de Brodowski, numa família de imigrantes italianos muito humilde, era o 2º filho de 12 irmãos.
Mesmo estudando apenas o 4º ano do ensino fundamental, ele participou da elite intelectual brasileira da década de 1930.
Um homem apaixonado pela pintura desde os nove anos, Portinari pintava o dia inteiro.
Mãe, 1942 |
Morou em Paris e outras cidades européias, onde conheceu Maria Martinelli, uruguaia com quem se casou e viveu toda a vida.
Em 1931, quando regressou ao Brasil, passou a valorizar mais as cores em seus trabalhos, abandonando os conceitos de volume e tridimensionalidade.
Em 1950, irá receber a medalha de ouro do "Prêmio Internacional da Paz" e, em 1951, é destaque na 1° Bienal de São Paulo.
Portinari fez muito sucesso e teve o seu talento reconhecido em vida.
Na década de 50, recebeu a medalha de ouro do "Prêmio Internacional da Paz" e foi destaque na 1ª Bienal de São Paulo.
Nesta mesma época, surgiram os problemas de saúde causados por intoxicação de chumbo presente nas tintas que utilizava em suas obras. Os médicos recomendaram que ele parasse de pintar, mas Portinari nunca parou.
Em 06 de fevereiro, aos 58 anos, ele morreu por causa do elevado grau de intoxicação.
Exposição “Portinari Raros”
Dias: Segunda e de quarta a sábado, até 12 de setembro
Horário: 9h às 21h
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro, Rio de Janeiro
Ingressos: entrada gratuita, na bilheteria ou no site Eventim
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